Casos sobem mais dos 20 aos 49 anos, mas morre-se mais acima dos 80
Portugal registou mais 4007 casos de covid-19 nas últimas 24 horas e mais 39 mortes, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (31 de outubro). Números mais positivos do que na véspera, o pior dia de que há registo, quando houve um recorde de 4656 novos casos e 40 mortes.
Desde o início da pandemia já foram registados 141 279 casos, havendo 80 280 recuperados (mais 2831), além de 2507 mortes. Há assim 58 492 casos ativos, mais 1137 desde o boletim de sexta-feira.
O último boletim inclui ainda mais 45 hospitalizações, sendo agora 1972, havendo 286 pessoas nos cuidados intensivos, um aumento de 11 em relação à véspera. Há menos 791 contactos em vigilância, mas ainda assim as autoridades vigiam 64 514 contactos.
O maior aumento de casos continua a ser a Norte (mais 1900), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (mais 1406) e o Centro (552). Estas duas últimas regiões são as únicas que registam um maior aumento de casos do que na véspera (tinham sido mais 1357 em Lisboa e 334 no Centro), com as outras com números inferiores. No Algarve há registo de mais 80 casos e no Alentejo são mais 61. Na Madeira há mais cinco casos e nos Açores mais três.
Nos dados de sábado, só nas ilhas não foram registadas mortes por covid-19. No Norte há registo de mais 23, em Lisboa e Vale do Tejo há mais 12, no Centro são mais duas mortes. Alentejo e Algarve têm uma cada. Todas as novas vítimas mortais têm mais de 60 anos, 30 delas mais de 80 anos.
Mas é entre as faixas etárias dos 20 aos 29 anos, dos 30 aos 39 e dos 40 aos 49 que há registo de maior aumento de casos, acima de 600 em todas elas (667, 610 e 680 respetivamente). Entre os 50 e os 59 anos há mais 553 casos, enquanto entre os 10 e os 19 são mais 389 e até aos 9 anos são 164. Entre os 60 e os 69 anos são mais 382 casos, entre os 70 e os 79 são mais 239 e acima dos 80 são mais 323.
O Conselho de Ministros está reunido para decidir se avança para medidas mais restritivas localizadas ou para o recolher obrigatório geral, que implica decretar novamente estado de emergência. PSD apoia o Governo na decisão, mas a esquerda não quer a imposição de regras muito apertadas.
O primeiro cenário sobre a mesa é muito semelhante ao que vigora nos concelhos mais afetados pela pandemia no norte do país e que levará a um reforço do teletrabalho sempre que possível, a restrições nos horários do comércio e de restaurantes e nos eventos culturais.
A serem aprovadas estas medidas, abrangeriam as localidades com 240 novos casos de infeção por dia, nos últimos 14, por cem mil habitantes, e aquelas que façam fronteira com as mais complicadas do ponto de vista pandémico.
O segundo cenário envolve o desencadear de um novo estado de emergência, que permita o recolher obrigatório a partir das 23.00.
O novo coronavírus infetou mais de 45 milhões de pessoas em todo o mundo desde dezembro de 2019, quando foi diagnosticado o primeiro caso, 1,1 milhões das quais morreram, segundo o balanço diário da agência AFP.
Desde o início da pandemia e até às 11:00 TMG (mesma hora em Lisboa) de hoje, foram notificados 45 650 850 casos de infeção pelo novo coronavírus, dois terços dos quais (30 425 200) são considerados curados.
Nestes dez meses, 1 189 892 pessoas morreram de covid-19, segundo a agência, que adverte que os números representam apenas parte do número real de casos e de mortes, dadas as diferenças de país para país nos critérios e na capacidade para a realização de testes.
Na sexta-feira, em todo o mundo, foram notificadas 7365 mortes e mais de meio milhão (558 737) de novos casos.