Mais 255 infetados. Número de novos casos é o mais alto em cinco dias
Em Portugal, registam-se 50.868 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 255 foram reportados nas últimas 24 horas (um aumento de 0,5%). Há mais duas mortes, elevando para 1727 o número total de óbitos, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quinta-feira (30 de julho). O número de novos casos representa o valor mais elevado nos últimos cinco dias.
Mantêm-se os 403 doentes hospitalizados., dos quais 42 estão em unidades de cuidados intensivos (menos um face ao dia anterior).
Dos 255 novos diagnósticos de covid-19, 176 foram reportados em Lisboa e Vale do Tejo, o que representa 69,02% do total nacional de novas infeções.
Foi nesta região que ocorreram as duas mortes registadas nas últimas 24 horas. Uma das vítimas mortais tinha mais de 80 anos e a outra estava na faixa etária dos 70-79 anos.
O relatório da DGS indica que há mais 265 pessoas que recuperaram da doença para um total de 36.140.
Desta forma, de acordo com os dados desta quinta-feira, o número de doentes ativos desce para 13.001 (menos 12 do que na véspera).
Com os 176 novos casos, Lisboa e Vale do Tejo soma agora 25.939 casos confirmados de covid-19, o valor mais alto no país. O boletim da DGS refere mais 41 infetados na região Norte (18.626), mais 6 no Centro (4.435), mais 11 no Alentejo (717), mais 20 no Algarve (878).
Verifica-se mais um caso de covid-19 na Madeira, que passa a ter 106 infetados desde o início da pandemia e sem registo de óbitos. Os Açores mantêm os 167 infetados e as 15 mortes.
A região Norte continua a registar o maior número de mortes (828), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (596), o Centro (252), Alentejo (21), Algarve (15) e Açores (15).
O maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.160), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (334), entre 60 e 69 anos (153) e entre 50 e 59 anos (55). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, três entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos de idade.
Do total das vítimas mortais, 865 são mulheres e 862 são homens.
Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.428, mais 58 casos do que na véspera), depois entre 30 e 39 anos (8.312, um aumento de 54 casos), 20 e 29 anos (7.793, mais 39 casos), 50 a 59 anos (7.709, menos 59), seguida das pessoas com mais de 80 anos (5.814, mais 15).
O número de casos positivos de covid-19 na aldeia de Póvoa de São Miguel, no concelho de Moura (Beja), subiu para 31 após a deteção de três novos casos de infeção, informou esta quinta-feira o Serviço Municipal de Proteção Civil.
A deteção dos novos casos deu-se através da realização de 99 testes na terça-feira, cujos resultados foram conhecidos na quarta-feira, que permitiram, ainda, detetar um outro caso relacionado com este surto, mas num habitante de Moura.
Os primeiros quatro casos positivos na Póvoa de São Miguel foram detetados há cerca de duas semanas, mas os testes realizados durante a última semana elevaram para 28 o total de infetados na aldeia, número que subiu, agora, para 31.
A Autoridade de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo fez saber, ainda, que o caso positivo que existia em Santo Aleixo da Restauração, também no concelho de Moura, foi dado como recuperado.
Desta forma, existem atualmente 47 casos ativos de covid-19 no concelho de Moura, sendo que, além dos 31 na Póvoa de São Miguel, há a registar 10 em Amareleja e seis em Moura.
A retoma da atividade nos estabelecimentos de diversão noturna foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
As discotecas e os bares vão poder funcionar mas, para isso, terão de cumprir com as regras estipuladas para cafés e pastelarias.
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, referiu, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, a "possibilidade de estabelecimentos que são bares na sua origem" de "funcionarem" agora "como cafés e pastelarias".
No entanto, Mariana Vieira da Silva esclareceu: "bares e discotecas continuam encerrados". "Se quiserem funcionar com outra categoria" podem fazê-lo, "até porque têm algumas semelhanças na organização do espaço, não terão de encerrar a sua atividade".
A ministra sublinhou o facto de que as medidas tomadas em Conselho de Ministros "são um passo no processo de desconfinamento, mas não é a suspensão de cautela e rigor".
Os "espaços de restauração" podem "ter entradas até à meia-noite, mas o encerramento terá de ser até à uma da manhã", afirmou a ministra.
"Dado o número decrescente do número de casos, o país vai manter-se em nível de alerta à exceção da Área Metropolitana de Lisboa, que vai permanecer em estado de contingência. 19 freguesias que estavam em estado de calamidade deixam de estar", afirmou Mariana Vieira da Silva.
De referir que Portugal continental entrou no dia 1 de julho em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da Área Metropolitana, que passou para o estado de contingência. Nesta zona, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos - Loures, Amadora, Odivelas, Lisboa e Sintra - permaneceram em estado de calamidade, que agora chega ao fim. Ou seja, toda a Área Metropolitana de Lisboa está em estado de contingência a partir de agosto.
Mais de 17 milhões de casos de SARS CoV-2 foram oficialmente registados no mundo sendo que a maior parte concentram-se em três países, de acordo com a contagem da agência France Presse.
Os dados indicam que foram declarados 17.022.877 casos de covid-19 e que a doença provocou a morte a 666.586 pessoas, nomeadamente nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, com 4.426.982 casos e 150.713 óbitos.
No Brasil registam-se 2.552.265 contágios e 90.134 mortes da doença e na Índia há 1.583.792 casos e 34.968 mortes de covid-19.
De acordo com a contagem da France Press, esta quinta-feira às 07:00, o "ritmo" da pandemia continua a aumentar a nível global, com um milhão de novos casos nos últimos quatro dias.