Portas descrente no fim da sobretaxa do IRS com aumento do défice

O vice-primeiro ministro disse hoje que "não é fundamentado" prometer eliminar a sobretaxa do IRS e ao mesmo tempo aumentar o défice, pelo que "as pessoas devem meditar sobre isso".
Publicado a
Atualizado a

"É essencial fazer justiça às famílias e isso é possível com um défice abaixo de 3%. Dizer que é possível remover a sobretaxa do IRS com uma mão e depois ao mesmo tempo voltar a aumentar o défice, acho que não é fundamentado e as pessoas devem meditar nisso" declarou.

Paulo Portas falava aos jornalistas no final de uma visita a empresas do concelho de Vagos, em que visitou as fábricas da NUTRE e da Ria Blades, e em quis deixar "uma nota para o debate das propostas para o futuro do país", terminado o período da 'troika' e do ajustamento.

Segundo o vice-primeiro ministro, eliminar a sobretaxa de IRS é uma prioridade do Governo, "depois de uma decisão do Tribunal Constitucional que foi, porventura, a medida mais injusta que teve de ser tomada".

No entanto, a forma de o fazer proposta pelo Governo é através de um crédito fiscal sobre o IRS de 2015, reduzindo depois sucessivamente a taxa nos anos subsequentes, até à sua remoção em 2019.

"Isso é viável porque o Governo ao mesmo tempo coloca o défice abaixo de 3% e Portugal fica fora do défice excessivo, tendo muito mais liberdade. Não me parece que aqueles que dizem que removem a sobretaxa mais depressa, ao mesmo tempo que põem outra vez o défice excessivo, o possam fazer", comentou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt