Por Itália à boleia de Astérix e Obélix no novo livro

<em>Astérix e a Transitálica</em>, terceiro álbum de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, será publicado no dia 19
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Obélix será o condutor e Astérix o copiloto. O carro da equipa gaulesa percorrerá a Itália numa corrida para que o imperador Júlio César já escolheu a equipa vencedora: a romana, claro. Astérix e a Transitálica, o álbum apresentado nesta segunda-feira em Paris, tem lançamento mundial marcado para o próximo dia 19.

Dois anos depois de O Papiro de César e quatro depois de Astérix entre os Pictos, Jean-Yves Ferri e Didier Conrad juntam-se pela terceira vez, um no argumento, o outro nos desenhos, para uma nova aventura. Seguem as pisadas, as personagens, e os desenhos de Albert Uderzo (n. 1927) e de René Goscinny (1926-1977). "De facto, ao fim de três álbuns, podemos considerar que começamos a apropriar-nos tanto do estilo de René Goscinny como do traço, reconhecível por todos, de Albert Uderzo. São dois mestres absolutos. Retomar as suas aventuras é para nós um imenso orgulho", afirmou Didier Conrad numa entrevista divulgada em Portugal pela editora, ASA BD.

Astérix nasceu em 1959 - ano em que nasciam Ferri e Conrad -, e o primeiro álbum da dupla original, Astérix, o Gaulês, seria publicado em 1961, embora só chegasse a Portugal em 1967. Em quase seis décadas, as aventuras do gaulês Astérix, dono de um inconfundível bigode loiro, venderam 370 milhões de álbuns. Para que se tenha uma ideia mais gráfica: todos eles, unidos em comprimento, dariam duas voltas ao planeta Terra.

Astérix e a Transitálica representa a primeira vez em que as duas personagens atravessam Itália. Antes deste álbum, apenas haviam passado por Roma, em Astérix Gladiador (1964) e Os Louros de César (1972). "A Itália, proposta por Jean-Yves, rapidamente se transformou para nós na opção óbvia. É a primeira etapa. Depois, é preciso encontrar uma boa história. Jean-Yves é um argumentista talentoso e precisou de pouco tempo para encontrar a ideia da travessia de Itália sob a forma de uma corrida por etapas", conta ainda Conrad.

Jean-Yves Ferri, por seu turno, conta que "o principal constrangimento é o tempo! Dois anos para conceber um álbum do Astérix é pouco. No início, achámos que não vamos conseguir. A dificuldade está em conseguir incorporar o universo de Albert e de René, tão rico e tão prolífero, numa história que não pode ultrapassar as 44 pranchas."

Astérix e a Transitálica

Jean-Yves Ferri e Didier Conrad

ASA BD

PVP: 10,90 euros

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