Joana Marques Vidal observou esta sexta-feira que são "os legisladores" a qualificar o crime de violação do segredo de justiça como "pouco grave" face a outros com punições mais pesadas..A Procuradora-Geral da República (PGR) falava aos jornalistas no Funchal, onde está a decorrer o XI Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.."Ou fazemos um compromisso sério, profundo, para evitar a violação do segredo de justiça ou é muito complicado" atingir esse objetivo, argumentou Joana Marques Vidal..A PGR lembrou que atualmente "é praticamente impossível não saber" quando se realizam buscas, apreensões ou interrogatórios, porque "mesmo na calada da noite alguém vê".."É um problema que exige o compromisso e todos" - incluindo jornalistas - "e não só do Ministério Público, que assume os seus erros", referiu Joana Marques Vidal, defendendo que as mudanças a fazer "sejam para o futuro e para melhorar" o que existe..A PGR reconheceu que "há muito para melhorar" entre as várias competências do Ministério Público, desde a área penal à da investigação criminal, das perícias às condições de trabalho da PJ e de outros órgãos de polícia criminal..Mas "estamos a tentar trabalhar cada vez melhor, a fazer formação", para que as competências "sejam exercidas com o rigor que é exigido", assumiu ainda Joana Marques Vidal, escusando-se a falar do processo que envolve os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante.