Polícia usa canhões de água para dispersar manifestantes

A polícia turca voltou hoje a usar granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar em Ancara os manifestantes que contestam, pelo sexto dia consecutivo, o governo islâmico conservador de Recep Tayyip Erdogan.
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Os novos incidentes ocorreram durante uma concentração de milhares de trabalhadores sindicalizados na praça de Kizilay, no centro da capital turca. Os manifestantes exigiam a demissão do primeiro-ministro turco.

Os serviços de emergência médica retiraram do local pelo menos quatro pessoas, que apresentavam sintomas de indisposição, e o gás entrou em vários estabelecimentos comerciais daquela zona, nomeadamente em restaurantes, segundo o testemunho de um fotojornalista da agência francesa AFP.

A Turquia é palco há seis dias de uma série de protestos contra o Governo islâmico conservador que começaram na sexta-feira, depois de a polícia ter dispersado com gás lacrimogéneo e canhões de água uma manifestação pacífica contra um plano de construção de um centro comercial num parque de Istambul.

A Ordem dos Médicos da Turquia confirmou hoje que duas pessoas morreram durante os protestos e que há três feridos em estado crítico.

Os médicos turcos contabilizaram, nos seis dias de protestos, um total de 4.177 feridos. O Governo de Ancara avança o número de 300 feridos, a maioria dos quais polícias.

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