Polícia Marítima não é previamente informada sobre locais onde aviões vão abastecer

Agentes só chegam aos locais usados pelos Canadair e Fire Boss, para garantir segurança das operações, após verem onde é que os aparelhos amaram.
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A Polícia Marítima (PM) deveria saber uma hora antes sobre quais os locais de amaragem a usar pelos aviões anfíbios que combatem o fogo em Monchique. Sem essa informação, "estão a ir" para os locais "porque veem" os aparelhos a operar.

Os agentes "estão a ir para o terreno porque veem os aviões" a deslocar-se para os locais onde vão recolher água (as chamadas áreas de scooping), disse nesta quarta-feira ao DN o porta-voz da Autoridade Marítima (AM).

O comandante Pereira da Fonseca assegurou, contudo, que a ida dos Canadair à Praia da Rocha para recolher água do mar deveu-se a outra razão: o rio Arade não tem espaço para esses aviões ali operarem, pelo que as áreas de scooping definidas para esses aviões pesados são as da Meia Praia e da Praia da Rocha, precisou ainda.

Certo é que a Proteção Civil "não tem estado a avisar" o capitão do porto e comandante da PM de Portimão, mesmo com alguns minutos de avanço, pelo que os agentes chegam aos locais quando os Canadair e os Fire Boss "já fizeram um ou duas amaragens", adiantou Pereira da Fonseca.

Só depois esses locais, como o rio Arade, "são controlados" pela PM, a fim de afastar os iates e as pessoas que ali estão de forma a garantir a segurança das operações de recolha de água pelos aviões anfíbios, explicou Pereira da Fonseca.

O porta-voz da AM referiu que o protocolo em vigor determina o aviso prévio de uma hora sobre os locais onde e até quando vão operar os aviões, de forma a dar tempo aos agentes da PM para lá chegarem.

O importante, contudo, é que "estamos a colaborar" da forma e nas condições em que é possível, mesmo que signifique "andar um pouco atrás dos aviões", sublinhou o porta-voz da AM.

Quem também está a apoiar a Proteção Civil é a Força Aérea, em cuja base de Beja está a ser dado apoio em matéria de reabastecimento e parqueamento dos meios aéreos, bem como alojamento e alimentação às tripulações, adiantou ao DN o porta-voz do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), comandante Coelho Dias.

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