Polícia investiga mensagens antissemitas para escola

A polícia francesa está a investigar a origem de um número crescente de telefonemas e mensagens antissemitas enviadas à escola judaica onde Mohamed Merah matou três crianças e um professor a 19 de março.
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O Conselho das Instituições Judaicas de França (CRIF) afirmou que a escola Ozar Hatorah, em Toulouse (sudoeste), recebia habitualmente esse tipo de mensagens, mas a quantidade de telefonemas e mensagens de correio eletrónico multiplicou-se depois do ataque.

A direção da escola apresentou uma queixa a 26 de março, segundo o procurador de Toulouse, Michel Valet, que disse ter "ordenado imediatamente uma inquérito para determinar a origem desses telefonemas e dessas mensagens".

Valet não referiu o número de mensagens recebidas, nem deu pormenores sobre o conteúdo.

Um responsável regional do CRIF, Marc Sztulman, indicou que a caixa de entrada do correio eletrónico da escola "recebeu uma grande quantidade de 'emails' antissemitas e antissionistas" desde 19 de março.

As mensagens não visam diretamente a escola, disse, mas "apelam para o assassínio de judeus ou estabelecem ligações com o conflito israelo-palestiniano".

A escola foi palco do terceiro e último ataque do francês de origem argelina Mohamed Merah, de 23 anos, que matou a tiro sete pessoas entre 11 e 19 de março.

Merah foi morto na quinta-feira passada durante o assalto policial ao apartamento onde se tinha entrincheirado 32 horas antes.

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