Polícia dispara nove vezes contra suspeito em cadeira de rodas

Agente matou homem suspeito de roubar uma caixa de ferramentas num supermercado que se deslocava numa cadeira de rodas motorizada e se negou a obedecer às ordens do policial
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Um agente policial no Arizona, Estados Unidos, matou com nove tiros um homem suspeito de roubar uma caixa de ferramentas num supermercado e que se deslocava numa cadeira de rodas motorizada.

Chris Magnus, chefe da polícia de Tucson, no Arizona, divulgou vídeos do incidente registado na última segunda-feira (29) e informou que foi aberta uma investigação sobre o caso protagonizado pelo oficial, identificado como Ryan Remington.

Remington não estava em horário de serviço quando efetuou os disparos, mas estava a trabalhar como segurança no supermercado em que a vítima se encontrava.

O chefe da polícia de Tucson disse estar "profundamente abalado" com a atitude de Remington. "O seu uso de força letal neste incidente é uma clara violação do Departamento de Polícia e contradiz diretamente múltiplos aspetos do nosso treino", comentou em conferência de imprensa.

Segundo a versão do chefe de polícia, um funcionário do supermercado alertou Remington na noite de segunda-feira para o facto de um indivíduo de cadeira de rodas ter roubado uma caixa de ferramentas da loja.

O funcionário teria pedido ao cliente que mostrasse o comprovativo de compra, mas Richard Lee Richards, de 61 anos, terá tirado uma faca e disse: "aqui está o seu recibo", antes de deixar o local.
Segundo essa versão, Richards ignorou diversos pedidos de Remington para que parasse, virou-lhe as costas e seguiu o seu caminho, entrando noutra loja.

Magnus acrescentou que Remington, juntamente com outro policial que acorreu à chamada, advertiu Richards para que não entrasse na outra loja. "Quando Richards não obedeceu, o oficial Remington disparou nove vezes, atingindo-o nas costas e na parte lateral do corpo", acrescentou.

Michael Storie, advogado do oficial, afirmou em declarações ao jornal New York Times que a atitude da vítima "não deu outra opção" ao seu cliente.

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