Polícia dispara gás contra estudantes na Praça Tahrir
Segundo a agência noticiosa francesa AFP, este é o primeiro protesto de grupos islâmicos na Praça Tahrir -- centro icónico dos protestos que levaram à queda do regime de Hosni Mubarak em 2011 -- desde que o Exército depôs Mohamed Morsi, a 03 de julho.
A justiça egípcia também ordenou hoje a detenção de Hani Salaheddine, diretor da televisão da Irmandade Muçulmana, o movimento de Mohamed Morsi.
O responsável do canal Misr 25 ficará detido durante 15 dias e é acusado de "divulgar informações falsas" e de "incitação à violência".
A justiça tinha ordenado o encerramento definitivo de quatro televisões, estando entre elas o Misr 25 e a antena egípcia da Al-Jazeera.
Hoje, as autoridades egípcias libertaram hoje um ativista que se entregou este sábado, que era procura pela polícia por organizar protestos contra a nova lei que regula os protestos no país.
Ahmed Maher, fundador do movimento 6 de Abril, um dos principais grupos que lideraram a revolta em 2011 contra o então Presidente egípcio Hosni Mubarak, chegou este sábado a um tribunal do Cairo rodeado de dezenas de apoiantes, que entoavam cânticos a exigir a libertação de outros ativistas detidos.
Na altura, a polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, que exigiam a libertação deste e outro ativista detido em sua casa na quinta-feira.
As autoridades decidiram libertar Ahmed Maher mas o outro ativisita, Alaa Abdel Fattah, ficará preso mais 15 dias.
Os dois foram detidos por organizar protestos não autorizados no Cairo durante esta semana.
Abdel Fattah continua detido porque as autoridades entendem que é responsável por violar a lei dos protestos -- que proíbe qualquer manifestação não autorizada -, incitando os manifestantes a provocar motins, a cortar estradas e a agredir um polícia.