Polícia deixa de escoltar carteiro no bairro de Paradinha

A PSP de Viseu, que desde 2008 escoltava o carteiro no bairro de Paradinha, justificou hoje a interrupção do serviço devido aos custos da operação.
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"Esse acompanhamento foi feito durante demasiado tempo sem que tal se justificasse, pois já há três anos e meio que isso acontecia (desde julho de 2008). E caiu na rotina. Além do mais, esse acompanhamento traduzia-se em despesas que os CTT não assumiam", descreveu à Lusa por escrito o comandante da PSP de Viseu, Serafim de Sousa Tavares. O comandante explicou ainda que a interrupção na escolta policial ao carteiro também se deveu a uma "rotina injustificada".

Desde 2008 que a PSP de Viseu acompanhava a distribuição do correio no bairro social de Paradinha depois de o carteiro ter sido alvo de ameaças e agressões por parte dos habitantes do bairro.

O bairro municipal foi construído há cerca de 15 anos para albergar mais de 200 pessoas oriundas de bairros degradados na cidade e entretanto demolidos.

No entanto, nas últimas semanas, depois de a Lusa ter divulgado a situação, a PSP interrompeu o acompanhamento que só viria a ser retomado depois de os CTT assumirem os custos da deslocação da patrulha. Depois desta decisão da PSP, a autarquia e os CTT optaram por criar um bloco de apartados no bairro municipal de Paradinha, maioritariamente habitado por famílias a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI), para resolver o problema da segurança dos carteiros.

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