Polícia admite crime em desaparecimento de adolescente em 'resort' na Malásia

As autoridades da Malásia estão a analisar impressões digitais no local do desaparecimento de Nora Quoirin, de 15 anos.
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A polícia da Malásia admitiu esta quarta-feira que o desaparecimento de uma rapariga inglesa de 15 anos de um 'resort' na Malásia pode ter sido crime e informou estar a analisar impressões digitais encontradas no local.

A polícia tinha dito anteriormente que não havia indícios de crime relativamente ao desaparecimento de Nora Anne Quoirin do eco-resort Dusun, no sul do estado de Negeri Sembilan.

A família de Nora Quoirin deu conta do desaparecimento da adolescente no domingo de manhã e disse acreditar que ela fora sequestrada.

O vice-chefe da polícia de Negeri Sembilan, Che Zakaria Othman, adiantou que uma equipa forense está a analisar as impressões digitais encontradas na casa de onde a rapariga desapareceu, mas escusou-se a dar mais detalhes.

Ainda assim, o vice-chefe da polícia esclareceu que era a janela da sala de estar do andar térreo que estava aberta, e não a do quarto, no andar de cima, onde a adolescente dormia com os dois irmãos.

Che Zakaria Othman não adiantou se a janela estava aberta do lado de fora ou de dentro, lembrando que a investigação está em curso.

Os pais estavam noutro quarto, também no andar de cima.

Operação de resgate envolve mais de 200 pessoas

"Apesar de termos classificado este caso como 'pessoa desaparecida', não descartamos nenhuma possibilidade... a escala de investigação e de procura e resgate são muito grandes para um local pequeno como este e a investigação inclui a possibilidade de crime", afirmou numa conferência de imprensa hoje realizada.

O responsável da polícia explicou que está a ser ajudado por equipas da polícia federal, bem como dos departamentos forenses e de investigação criminal.

A operação de resgate envolve mais de 200 pessoas, a trabalhar por turnos, e a polícia já pediu ajuda a quem possa ter informações, referiu.

"Ainda temos esperança e acreditamos que ela esteja na zona. Não há informações que indiquem que ela saiu desta área", acrescentou Che Zakaria Othman.

A família garantiu, no entanto, num comunicado divulgado na terça-feira, que não acredita que a rapariga tenha saído sozinha.

"A família de Nora acredita que ela foi raptada", diz o comunicado.

"Estamos especialmente preocupados porque a Nora tem um atraso de desenvolvimento e não é como as outras adolescentes de 15 anos. Ela parece mais nova e não consegue cuidar de si mesma porque não entende o que está a acontecer", explicou a família.

Os pais de Nora Quoirin são um casal irlandês-francês que vive em Londres há cerca de 20 anos, de acordo com a instituição de caridade britânica que apoia pessoas com problemas no estrangeiro Lucie Blackman Trust.

A família chegou no sábado para uma estada de duas semanas no 'resort' Dusun, localizado perto de uma reserva florestal a cerca de 63 quilómetros ao sul de Kuala Lumpur.

A polícia bloqueou o acesso ao 'resort' e expandiu a procura até ao leito do rio, no sopé do 'resort', admitindo a possibilidade de a rapariga ter tentado encontrar água.

Aldeões locais e equipas policiais caninas também foram mobilizados para tentar encontrar Nora.

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