PJ deteve suspeito oito incêndios em Mesão Frio

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um indivíduo suspeito da autoria de oito incêndios ocorridos em Julho na zona de Santa Cristina, em Mesão Frio.
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O indivíduo, desempregado de 25 anos, é o presumível autor dos fogos que "colocaram em perigo bens patrimoniais alheios de valor elevado, designadamente manchas florestais e habitações", refere a PJ, em comunicado enviado à Lusa. O homem já tinha sido identificado na terça-feira pela GNR de Vila Real, que o apontava como suspeito da autoria de "pelo menos" nove incêndios florestais ocorridos este ano em Mesão Frio.

A detenção foi feita agora pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, que "procedeu à realização de várias diligências de investigação que permitiram a detenção, fora de flagrante delito", acrescenta a PJ.

O homem vai ser presente hoje a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação adequadas.

Na terça-feira, o suspeito foi identificado pelo Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SPENA) da GNR, que participou o caso à Polícia Judiciária (PJ) e ao tribunal.

Segundo a GNR, o homem confessou ainda a autoria de diversos incêndios florestais entre 2009 e 2010, tendo indicado como motivo o "fascínio por todo o aparato decorrente do combate aos fogos".

A guarda está a averiguar a ligação do suspeito a outros incêndios ocorridos este ano e em anos anteriores na mesma região.

De acordo com dados do SPENA, desde Janeiro foram dados 20 alarmes de incêndio em Mesão Frio, enquanto que, em todo o ano de 2010, se registaram à volta de 50 fogos naquele concelho da Região Demarcada do Douro.

Este é o terceiro suspeito identificado desde o início do ano, no distrito de Vila Real, pelo crime de incêndio florestal.

No final de Julho, um agricultor de 45 anos foi identificado pela GNR e posteriormente detido pela PJ pela suspeita de ter ateado, desde Junho, quatro incêndios em Pegarinhos, Alijó, que "colocaram em perigo bens patrimoniais alheios de valor elevado, designadamente manchas florestais e habitações".

Em Junho, um outro agricultor de 61 anos, foi também detido pela presumível autoria de um incêndio florestal na aldeia de Casal, com apenas três habitantes, em Boticas.

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