PJ detém antigo sapador florestal suspeito de atear três fogos em Monção
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um antigo sapador florestal, de 46 anos, suspeito de ter ateado três incêndios, nos dias 21 e 23, nas freguesias de Longos Vales, Lapela e Troviscoso, no concelho de Monção, foi esta quarta-feira divulgado.
Em comunicado, a PJ de Braga adiantou que o homem, detido na terça-feira fora de flagrante delito, é trabalhador da construção civil e, anteriormente, desempenhou as funções de sapador florestal.
"Fazendo uso de viatura e motorizada pessoal, terá recorrido a chama direta para as respetivas ignições, e atuou motivado por incendiarismo", adianta a PJ.
Segundo aquela força policial, "os vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se numa zona onde existem condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente".
Os três incêndios "consumiram vasta vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, contabilizada em centenas de hectares, tendo sido extintos pela intervenção dos bombeiros, que alocaram para os locais elevado número de meios e elementos".
A PJ adiantou que "os locais das freguesias onde ocorreram os incêndios são, recorrentemente e há vários anos, alvo de ignições com natureza dolosa".
Após várias diligências, a PJ recolheu "vasto acervo probatório e permitiram a identificação, localização e detenção fora de flagrante delito do arguido, que será, hoje, presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação".
A Polícia Judiciária deteve um outro homem, de 49 anos, pela presumível autoria de um incêndio florestal, ocorrido na sexta-feira, na freguesia de Agilde, concelho de Celorico de Basto, distrito de Braga.
"O local onde o incêndio ocorreu situa-se numa zona onde existem condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente", explica a PJ, em comunicado.
Segundo esta força de investigação criminal, "o incêndio consumiu vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, tendo sido extinto pela rápida intervenção dos bombeiros, que prontamente alocaram meios para o local", acrescentando que esta zona, em concreto, "tem sido, ao longo das últimas semanas, alvo de recorrentes ignições com natureza dolosa".
De acordo com a PJ, o detido, sem ocupação profissional, "terá recorrido a chama direta para a ignição, desconhecendo-se a motivação para a sua conduta".
"Comunicada a ocorrência a esta Polícia, foram realizadas várias diligências que resultaram na recolha de vasto acervo probatório e permitiram a identificação, localização e detenção fora de flagrante delito do arguido, a qual será, hoje, presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação", lê-se ainda no comunicado.