Pelo menos seis mortos em ataque ao quartel-general da força militar G5 no Mali

Foi também registado outro ataque em Kidal, no noroeste do país, no qual morreu um "capacete azul" da Minusma (Missão da ONU para a estabilização do Mali)
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O quartel-general da força militar conjunta do G5 do Sahel no Mali foi esta sexta-feira alvo de um ataque armado que matou pelo menos seis pessoas e feriu uma dezena, segundo forças de segurança locais.

As fortes explosões ocorreram no bairro administrativo de Sévaré, perto da cidade de Mopti, no centro do país, adiantaram as forças à agência espanhola EFE.

Às explosões iniciais seguiu-se um tiroteio com armas automáticas, que forçou os residentes da área a permanecerem fechados em casa durante várias horas à espera do fim do conflito.

O número total de vítimas ainda não foi confirmado pelas autoridades do país ou pelo Minusma (Missão da ONU para a estabilização do Mali), e nenhum grupo reivindicou o ataque.

Segundo as forças de segurança, considera-se que se tenha tratado de um ataque suicida, executado por um bombista que tentou entrar no quartel com os explosivos.

Também se registou esta sexta-feira outro ataque em Kidal, no noroeste do país, no qual morreu um "capacete azul" da Minusma.

No dia 28 de junho a Organização das Nações Unidas (ONU) estendeu durante mais um ano o mandato da Minusma, que conta com 15.000 efetivos militares e polícias, na missão de paz da ONU com maior taxa de mortalidade.

Para lutar com mais eficácia contra os grupos 'jihadistas' presentes nas suas fronteiras, os Estados da região (Mali, Mauritânia, Burkina Faso, Níger e Chade) formaram o G5 Sahel, que depois da sua fase inicial tinha começado a aumentar a sua atividade nos últimos meses.

Entre março e abril de 2012, o norte do Mali caiu nas mãos de grupos extremistas com ligações à rede terrorista Al-Qaeda. A progressão no terreno destes grupos extremistas tem sido travada por uma operação militar internacional que foi lançada em janeiro de 2013, por iniciativa de França.

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