Pelo menos 15 missionários norte-americanos raptados no Haiti

Pelo menos 15 missionários norte-americanos foram raptados no sábado por um gangue armado, numa zona suburbana a leste de Port-au-Prince, a capital haitiana, disse uma fonte da segurança do Haiti.
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Em declarações à AFP, aquela fonte afirmou que entre 15 e 17 cidadãos norte-americanos, incluindo filhos das famílias missionárias no país, estão nas mãos de um grupo armado que há vários meses rouba e sequestra pessoas na área entre a capital haitiana e a fronteira com a República Dominicana.

A fonte não soube dizer se foi pedido um resgate.

A informação foi confirmada à AFP pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

"O bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no estrangeiro é uma das nossas maiores prioridades no Departamento de Estado. Estamos cientes destas informações e não temos nada a acrescentar neste momento", disse um porta-voz do Governo dos EUA à agência de notícias francesa.

O Haiti, a nação mais pobre do continente americano, sofre de problemas económicos, políticos, sociais e de insegurança, com raptos frequentes para a obtenção de resgates realizados por gangues, que quase sempre ficam impunes.

Os bandos armados que há anos dominam os bairros mais pobres da capital haitiana alargaram o seu poder e aumentaram o número de raptos.

Mais de 600 casos foram registados nos primeiros três trimestres de 2021, contra 231 no mesmo período, em 2020, segundo o Centro de Análise e Investigação em Direitos Humanos, sediado na capital haitiana.

O assassínio do Presidente Moïse, abatido a tiro em 07 de julho, por um comando armado, na sua residência, em Port-au-Prince, agravou a crise no país.

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