PCP: "É necessário defender o diálogo e a paz, não o incremento da política do conflito"

Comunistas apelam ao fim do conflito na Ucrânia, referindo que a guerra só agravará os problemas já existentes. Comunicado surge após a aprovação de uma resolução no Parlamento Europeu, contra a qual votaram.
Publicado a
Atualizado a

Os eurodeputados do Partido Comunista Português (PCP) vieram esta terça-feira apelar ao diálogo e ao fim do confronto na Ucrânia. Em comunicado, os eurodeputados comunistas defenderam que "a confrontação e a guerra não resolverão os problemas da humanidade", referindo que, em sentido contrário, "só os agravarão".

Por isso, consideram: "É necessário defender o diálogo e a paz, não o incremento da política e das medidas que estão na origem da escalada do conflito na Europa".

No comunicado, publicado no site oficial do partido, os comunistas apontam ainda o dedo à NATO, aos Estados Unidos e à própria União Europeia. Com isto, o partido "condena o caminho de ingerência, de violência e de confrontação decorrente do golpe de estado de 2014 promovido pelos EUA na Ucrânia", à qual "se seguiu a recente intervenção militar da Rússia, e a que se acrescenta a intensificação da escalada belicista dos EUA, da NATO e da UE", referem.

A comunicação surge após uma sessão no Parlamento Europeu onde foi aprovada uma resolução que exige uma resposta mais forte à invasão russa por parte das instituições europeias. Os dois deputados comunistas votaram contra. Segundo o PCP, esta resolução não resolve os problemas. Assim, "é urgente parar a política de instigação do confronto que só levará ao agravamento do conflito", que, na ótica dos comunistas, terá "dramáticas consequências para os povos da Ucrânia e da Rússia", bem como para toda a Europa.

Na opinião do partido, o caminho a ser seguido deve ser o de respeitar "os princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, de paz e cooperação entre os povos", lê-se.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt