PCP admite rever salário mínimo se Governo aprovar mexidas nas leis laborais

Jerónimo de Sousa diz que 650 euros no salário mínimo "é uma referência" e que pode, "conforme o tempo avançar, ter que alterar este valor". Se socialistas estiverem disponíveis para alterar leis laborais.
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O PCP admite rever a sua proposta de aumento do salário mínimo nacional para os 650 euros. Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião do PCP com o PEV, o secretário-geral comunista disse que esse valor "é uma referência" que pode ser alterada num futuro próximo.

Para Jerónimo de Sousa, "a vida demonstrou que é possível [o] aumento do salário mínimo nacional, que também potenciou a criação de mais riqueza e mais descontos para a Segurança Social". E acrescentou: "Portanto, é necessária uma valorização dos salários em termos gerais, seja no público, seja no privado, e esta referência dos 650 euros [no salário mínimo] é uma referência. Podemos conforme o tempo avançar ter que alterar este valor."

E depois avança com o que parece ser uma moeda de troca: "Mas também procuraremos que as leis laborais, que atualmente existem, e que o PS, PSD e CDS continuam a querer agravar, que tenham uma resposta positiva, que reconheça os direitos no trabalho, que reconheça o trabalho com direitos, que combata a precariedade, as discriminações, há tanto para fazer nesta matéria."

Jerónimo de Sousa estendeu depois a mão aos socialistas, à espera que Governo e PS estejam disponíveis para discutir esta questão. "Havemos de saber naturalmente a reação, que tem sido negativa por parte do Partido Socialista, em relação aos sentimentos fundos que hoje os trabalhadores portugueses sentem."

PCP e PEV concorrerão em conjunto nos três atos eleitorais deste ano como CDU (Coligação Democrática Unitária).

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