Paulo Gonçalves sentiu-se "prejudicado"

Piloto da Honda regressou este domingo a Portugal, depois do abandono do Dakar 2016
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Paulo Gonçalves chegou este domingo ao Porto, depois de ter abandono o Dakar 2016 devido a uma queda que o levou ao hospital, e, entre críticas à organização, revelou o desejo de começar a trabalhar para fazer melhor em 2017.

Foi recebido por dezenas de apoiantes e disse que ainda não sabe porque é que sofreu uma dupla penalização na etapa maratona, em que teve alguns problemas." A organização achou que a primeira penalização não era suficiente para me afastar da luta e a segunda, essa sim, era suficiente para em afastar do pódio e foi o que acabou por acontecer", disse o português à chegada.

O piloto de Esposende interpôs recurso à penalização, mas desconhece o resultado, já que na etapa seguinte teve uma queda que o deixou inconsciente e que o obrigou a abandonar: "Senti-me prejudicado, porque deixei de poder discutir uma posição no pódio, e tentei arriscar mais, dado que havia pouco para proteger. Tentei ganhar etapas, porque as prioridades ficaram alteradas, mas foi uma estratégia que não correu bem."

Paulo Gonçalves reconheceu que foi esse arriscar que ditou o acidente."Acabei por não poder terminar, mas é bom poder regressar e contar estas histórias e poder, muito em breve, voltar ao trabalho e no próximo ano trazer a alegria que este ano não trouxe", prometeu, revelando que "o Dakar é um desafio constante e um sonho".

O piloto português esteve ainda em destaque no Dakar 2016 ao parar para socorrer o austríaco Walkner, adversário da KTM, numa altura em que ainda liderava a prova e recusou mais uma vez o papel de herói. "Qualquer um teria feito o mesmo. É uma situação relativamente normal. Outros já me ajudaram em situações idênticas e ali foi um ato normal e natural. É a magia do Dakar", sublinhou.

Sobre a receção calorosa no aeroporto, apenas uma justificação:"Sentiram que dei o meu máximo e não se sentiram desiludidos. Acho que se sentiram orgulhosos de mim e de todos os portugueses. Não houve nenhuma desilusão de entre todos os portugueses que estiveram este ano no Dakar."

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