Paula Garcia assume a direção do Teatro Viriato
António Cabrita e São Castro são os novos diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro, que se mantém como estrutura residente do Teatro Viriato. Os coreógrafos e bailarinos sucedem a Paulo Ribeiro, recentemente nomeado para a direção artística da Companhia Nacional de Bailado.
Criada em 1995 e desde 1998 instalada no Teatro Viriato, a Companhia Paulo Ribeiro já sobreviveu anteriormente a uma ausência do seu fundador quando entre entre 2003 e 2005 o coreógrafo esteve a dirigir o Ballet Gulbenkian.
A nova direção da Companhia Paulo Ribeiro foi anunciada ao mesmo tempo que se sabe que Paula Garcia é a nova diretora-geral e de programação do Teatro Viriato, sucedendo no cargo a Paulo Ribeiro. Segundo se lê no comunicado do teatro, Paula Garcia, que é diretora adjunta do Viriato desde 2007, "colaborou ativamente com o coreógrafo Paulo Ribeiro na definição da estratégia de programação da instituição; na criação/consolidação de relações de parceria nacionais e internacionais; bem como no desenvolvimento de conceitos e conteúdos artísticos que têm alicerçado projetos de produção própria do Teatro Viriato."
Paula Garcia iniciou o seu percurso naquele teatro em 1998, primeiro como assistente de direção e depois também coordenando a produção.
A direção do Centro de Artes do Espetáculo de Viseu - Associação Cultural e Pedagógica (CAEV) - que foi constituído, em 1998, para programar e gerir o Teatro Viriato ao abrigo de um protocolo de financiamento tripartido assinado com a Câmara Municipal de Viseu e Ministério da Cultura - considera que a escolha de Paula Garcia "garantirá a continuidade e identidade do projeto artístico do Teatro Viriato".
Para o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, a solução agora conhecida, da responsabilidade do CAEV, é "uma resposta interna, de transição e destituída de ambição". "Salvaguarda no imediato os interesses de continuidade de gestão e programação do Teatro Viriato, para os quais a Câmara garantiu já a sua parte de financiamento relativo ao ano de 2017", acrescentou, citado pela Lusa.
Aos jornalistas, o autarca destacou que procurou, nos últimos dois meses, em diálogo estreito com o Ministério da Cultura e com o CAEV, "uma solução positiva, renovadora e ambiciosa para a direção do Teatro Viriato". "Frustradas que foram as iniciativas no sentido de alcançar essa solução desejável, consubstanciada num criador e programador com dimensão artística nacional, e apesar da recetividade e boa cooperação do senhor ministro da Cultura, transmiti ao CAEV a responsabilidade exclusiva pela nomeação do futuro diretor, por forma a evitar um vazio de gestão da instituição", concluiu.