Passos está numa encruzilhada em Lisboa
No seu habitual comentário na SIC, o antigo líder do PSD considerou que com a desistência de Pedro Santana Lopes ou o PSD apoia Assunção Cristas, "e é quase uma humilhação", por medo de um mau resultado; ou apresenta um candidato "pouco traquejado" e pode ficar atrás da líder do CDS.
A "sorte grande" para o atual presidente da Câmara de Lisboa e candidato do PS nas próximas autárquicas, Fernando Medina, foi como Mendes classificou a desistência de Santana. Medina, disse, fica sem adversário forte nem a esquerda nem à direita. Para Assunção Cristas também foi um "brinde" porque a partir de agora não corre riscos. O que na opinião do também conselheiro de Estado, mostra que Cristas foi corajosa e deu um tiro certeiro.
Mendes defendeu ainda que as eleições autárquicas de 2017 vão exigir acertos nas estratégias dos partidos e até no governo. Projetou uma radicalização do discurso do PCP e do BE para compensar as perdas nas últimas sondagens. Em particular o BE vai procurar uma agenda legislativa porque não tem representatividade autárquica e não quer desaparecer de circulação.
No Governo, pensa que António Costa irá intensificar a sua presença no terreno, com muitas visitas a empresas e vai ter um discurso mais virado para o investimento e investidores. Já o PSD, frisou, terá a posição mais incómoda, porque corre o risco de perder as autárquicas e nem sequer recuperar as principais câmaras. Por isso, disse, " a ideia é baixar as expectativas".
[artigo:5533089]