Passos é um bom líder, mas as sondagens são aviso

O ex-líder do PSD Luís Marques Mendes afirmou hoje que "Passos Coelho é um bom líder", mas que as intenções de voto dadas ao partido nas sondagens "são um aviso a ter em atenção".
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No jantar em que cerca de 3800 militantes -- segundo a organização - celebram o 37.º aniversário da distrital de Aveiro do PSD em Santa Maria da Feira, Marques Mendes declarou: "Acho que Pedro Passos Coelho é um bom líder e está a fazer um belo trabalho, liderando uma causa que é muito importante -- a necessidade de mudarmos de Governo e de política".

O ex-líder dos sociais-democratas diz que não está "preocupado" com as sondagens, que indicam um empate técnico entre PSD e PS, mas admite que aquelas que dão uma pequena margem de vitória ao PSD "são um indicador e um aviso, e devem ser levadas em atenção".

Para Marques Mendes, Passos Coelho é a mudança necessária num país cujo Governo "deixou o país praticamente à beira da bancarrota".

"Isso nunca acontece, é uma das coisas mais sérias e mais graves [que se verificaram em Portugal] e não existia na nossa geração", acrescenta o histórico do PSD. "Mas a campanha ainda está no início (...) É do mais grave que eu vi e acho q os portugueses não vão esquecer isso no próximo dia 5 de junho", realça.

Marques Mendes considera que as negociações com a "troika" são, nesse contexto, elucidativas. "O acordo é duro e é inevitável porque o Governo deixou chegar o país a esta situação", explica. "Senão, não era preciso este acordo nem a ajuda externa".

Para o ex-presidente do PSD, mais do que discutir "se o acordo é bom ou mau, ou se podia ser melhor ou pior", o aspeto "que tem que estar em discussão é a responsabilidade de quem lançou o país nesta situação".

"Se o país não estivesse à beira desta bancarrota, não precisava desta ajuda externa", observa o social-democrata. "E quem lançou o país na bancarrota foi o Governo, que tem que ser penalizado no dia 5", continua.

Quanto à declaração do Presidente da República ao país, Marques Mendes defende: "Concordo totalmente e acho que foi das intervenções mais apropriadas e acutilantes que lhe vi fazer".

O ex-líder social-democrata considera que Cavaco Silva soube "sintetizar tudo numa palavra" quando disse que, se não houver uma mudança, "daqui a três anos o país vai estar pior".

Marques Mendes repudia a ideia de que o Chefe de Estado tenha tido um discurso eleitoralista e argumenta: "Acho que foi uma intervenção com sentido de Estado, porque o Presidente da República não está na luta eleitoral".

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