Partido da Terra entrega cinco mil euros para vítimas
"Correspondendo a um apelo da junta, de que eram necessários cobertores, lençóis e alimentação, o partido decidiu entregar mil euros", disse o dirigente regional do MPT, partido que tem um deputado na Assembleia Legislativa da Madeira.
João Isidoro adiantou que o partido vai também dar valor idêntico aos Bombeiros Municipais de Santa Cruz em compras numa rede de supermercados.
"Nessa rede, poderão levantar bens de que estejam a necessitar", declarou o responsável, explicando que a verba foi retirada da subvenção da partidária.
Manifestando, de novo, "total solidariedade" para com as vítimas dos incêndios, particulares e instituições, que desde terça-feira lavram na Madeira, João Isidoro realçou o trabalho desenvolvido pelos bombeiros da região, que "têm evitado males maiores, sobretudo a perda de vidas humanas".
O dirigente do MPT reiterou o apelo aos governos central e regional para que avancem com "resposta célere e efetiva" às vítimas.
"Que não caiam na burocracia, que pode levar um ou dois anos a resolver os problemas das pessoas que têm de recomeçar a sua vida já", exortou João Isidoro, insistindo na necessidade de uma "reflexão serena" sobre os fogos que atingiram a região na última semana.
"Deve ser feita uma reflexão para apurar o que eventualmente funcionou mal, mas sobretudo para ver o que é necessário fazer em termos de prevenção e de socorro em situações desta natureza", considerou.
O presidente da junta de Gaula, freguesia onde 11 casas arderam totalmente na sequência dos incêndios, desalojando 35 pessoas, e idêntico número de habitações foi parcialmente destruído, agradeceu o donativo, tendo anunciado que já foi criada uma conta bancária solidária para ajudar as vítimas.
Élvio Sousa acrescentou que prossegue a limpeza da freguesia e admitiu solicitar que seja decretada a situação de calamidade.
"Vamos ver a possibilidade disso", afirmou.
Na sede da junta, continua a chegar calçado, vestuário, roupa de casa, produtos de higiene e bens alimentares, e decorre a constituição de brigadas de voluntários para a limpeza da freguesia.
"As pessoas precisam de ajuda na remoção dos escombros", referiu o autarca, para quem "a Proteção Civil não correspondeu" quando a freguesia necessitou, mas reconhecendo que os bombeiros "não tinham meios".