Palestiniano morto a tiro após ataque contra soldados israelitas
As forças de segurança israelitas abateram hoje a tiro um palestiniano que atropelou, alegadamente de forma intencional, soldados israelitas numa zona perto de Hebron, na Cisjordânia ocupada, divulgou o exército israelita e o Ministério da Saúde palestiniano.
Dois soldados israelitas sofreram ferimentos ligeiros na sequência do ataque perpetrado com um carro.
O ataque aconteceu à entrada de Beit Einoun, localidade próxima de Hebron, cidade recentemente inscrita na lista de Património Mundial pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Em resposta à ameaça imediata, as forças de segurança abriram fogo contra o atacante, que foi atingido", declararam fontes militares israelitas.
O Ministério da Saúde palestiniano confirmou a morte do condutor do automóvel.
O exército israelita informou que os dois soldados feridos foram transportados para uma unidade hospitalar.
Este é o mais recente episódio de uma vaga de violência que teve início em outubro de 2015. Desde então, 267 palestinianos morreram, dos quais mais de dois terços perderam a vida ao realizarem ataques ou tentativas de ataque.
Também 44 israelitas e outras sete pessoas de diferentes nacionalidades (Estados Unidos, Jordânia, Eriteia, Sudão e Reino Unido) perderam a vida em incidentes registados no mesmo período.
O incidente de hoje também coincide com um aumento da tensão na região após um reforço da segurança na zona da Esplanada das Mesquitas (na cidade velha de Jerusalém), o terceiro local mais sagrado para o islamismo, na sequência de um ataque ocorrido na passada sexta-feira.
O aumento da presença de militares israelitas e a imposição de fortes limitações de acesso à zona da Esplanada das Mesquitas, com o encerramento provisório da área e a instalação de detetores de metais, suscitaram enérgicos protestos por parte dos responsáveis religiosos palestinianos e manifestações públicas.
O encerramento da Esplanada das Mesquitas, zona que foi reaberta no domingo passado, foi determinado no seguimento do ataque ocorrido na sexta-feira passada que resultou na morte de dois polícias israelitas e de três atacantes (árabes israelitas), abatidos pelas autoridades.