Países Baixos pedem libertação dos ecologistas

Os Países Baixos pediram hoje às autoridades russas, invocando o direito marítimo, que libertem os 30 tripulantes do navio 'Arctic Sunrise', da Greenpeace, detidos depois de uma ação contra uma plataforma petrolífera da Gazprom, indicou fonte governamental.
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O 'Arctic Sunrise' tem pavilhão holandês e, "de acordo com o direito marítimo, os Países Baixos pediram às autoridades russas que libertem imediatamente o navio e a sua tripulação", disse o ministro holandês dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans, em mensagem eletrónica enviada para o parlamento.

Os tripulantes do 'Arctic Sunrise', dos quais quatro são russos e 26 de outras nacionalidades, foram colocados em centros de detenção provisória de Murmansk e da sua região envolvente, no noroeste russo, depois de terem sido conduzidos para terra para serem interrogados.

O navio fora controlado na quinta-feira por um 'comando' helitransportado de guarda-fronteiras russos e depois rebocado até Murmansk.

A comissão de investigação russa indicou na terça-feira ter aberto um inquérito aos militantes da Greenpeace por "pirataria de grupo organizado", o que é punido com até 15 anos de prisão.

O governo holandês pretende fazer "um processo legal (contra a detenção da tripulação), incluindo o tribunal internacional da ONU para o direito do Mar", em função das informações que Moscovo venha a dar sobre as acusações, acrescentou Timmermans. Disse ainda que já tinha falado com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, por ocasião da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.

O 'Arctic Sunrise' foi enviado pela Greenpeace para o Ártico russo para protestar contra os projetos de exploração petrolífera das empresas energéticas russas Gazprom e Rosneft. "Essas pessoas infringiram o direito internacional", disse o Presidente russo, Vladimir Putin, durante um fórum sobre o Ártico. "É óbvio que não são piratas, mas procuraram apoderar-se da plataforma", acrescentou.

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