Pais temem falta de aulas em dia de prova de aferição

Na sexta-feira de manhã, os alunos do 4º e 6º ano realizam a prova de aferição de Língua Portuguesa. Nos últimos anos têm havido casos de estabelecimentos de ensino que impedem a permanência das crianças que não estão a realizar as provas na escola, alegando falta de condições para os receber. Este ano, a situação poderá agravar-se, alertou o presidente da Confap, Albino Almeida, lembrando que além da prova está ainda agendada uma greve geral que engloba os funcionários não docentes. "A preocupação da Confap e das famílias vai para o facto de poder aumentar o número de escolas que suspenderão a actividade lectiva da parte da manhã até à hora de almoço, em função da exiguidade de operacionais de acção educativa", disse à Lusa Albino Almeida, lembrando que estes funcionários vão ser essenciais para "garantir a vigilância e o sossego indispensáveis à realização da prova".

Albino Almeida lembrou que "já no passado existiram escolas que não tiveram aulas durante o período da manhã dos dias das provas de aferição". Segundo o representante dos pais, os casos mais "complicados" acontecem habitalmente no 1º ciclo. Entre os "transtornos" para as famílias de não ter onde deixar as crianças, Albino Almeida lembra que a situação poderá representar a ausência parcial ao trabalho.

Apesar de se mostrar preocupado com as famílias, o presidente da Confap acredita nas promessas dos directores das escolas que já garantiram que as provas se vão fazer, mesmo havendo greve. Albino Almeida salientou a importância do direito à greve mas também e importância das provas. De acordo com estimativas do ministério da Educação, cerca de 237 mil alunos do 4.º e 6.º anos deverão realizar as provas de aferição de Língua Portuguesa e Matemática, nos dias 6 e 11 de Maio.