Mais um ano e mais um Orçamento do Estado. Sem surpresa, outro ano de oportunidades perdidas..Um Orçamento alavancado em fundos europeus, que o PS vende como se fossem a fundo perdido. Na boa tradição socialista, alguém um dia pagará..Um Orçamento que adensa problemas estruturais para tapar lacunas e necessidades conjunturais..Um Orçamento que aponta para um aumento da despesa pública, assente em massa salarial permanente..Um Orçamento que prevê decréscimo do desemprego, mas alavancado no emprego público..Um Orçamento que não é do Estado, mas sim um Orçamento para o Estado. Aquele Estado com que o PS se pretende (con)fundir..Um Orçamento que não promove a necessária descida de impostos, continuando a onerar famílias e empresas..Um Orçamento que acomoda mais milhões de euros para a TAP e outras empresas sem viabilidade económica que apenas sobrevivem a balões de oxigénio..Um Orçamento que insiste em preferir saúde e educação com mais custos para os contribuintes por cegueira ideológica. Enquanto as ofertas públicas de saúde e de educação se degradam para patamares assustadores..Um Orçamento que não apresenta soluções óbvias para o galopante aumento do preço de energia e combustíveis, pagos por todos nós ao nível dos países mais ricos da Europa. O PS insistirá em intervencionismo, limitando margens, ao invés de baixar impostos..Um Orçamento que vai reforçar a estagnação crónica da economia nacional, não apontando qualquer solução credível para o crescimento do país..Um Orçamento que insiste nos mesmos erros para satisfazer clientelas residuais da velha esquerda, quando precisávamos de um Orçamento com ambição, a pensar na prosperidade das novas gerações..Um Orçamento que não vai travar a fuga de talentos, pois quem tem ambição, conhecimentos e alguma sorte só lá fora encontra melhores condições de vida. Aos que não emigram resta a certeza de gastarem os melhores anos das suas vidas a pagar impostos e a sustentar a gigantesca dívida pública, ampliada de Orçamento em Orçamento..Enquanto continuamos estagnados, nos países bálticos e de leste o crescimento vai sendo reforçado, como comprovam os dados estatísticos. Qual a receita desses países? Uma visão liberal, onde encorajam o investimento privado. Por cá, pelo contrário, impera o discurso socialista do investimento público. É a estratégia que nos conduziu a esta sociedade com dois milhões de pobres e uma classe média cada vez mais proletarizada..O que vai acontecer? Mais do mesmo. Continuaremos de mão estendida aos milhões vindos da Europa que irão permitir ao PS, com PCP e Bloco anestesiados, deitar dinheiro para cima dos problemas. Dinheiro dos outros. E que vai desaparecer um dia enquanto os problemas se eternizam..Seguem-se negociações com PCP, Bloco, PAN, Verdes e deputadas não inscritas. Nesta fase, o PS terá de fazer cedências a todos de forma a garantir a aprovação do Orçamento do Estado para 2022. O que acontecerá?.Mais um Orçamento e mais um ano de oportunidades perdidas..Para que o PS permaneça agarrado ao poder a todo o custo, sem fazer aquilo de que o país mais necessita para dar um salto em frente..Escreve de acordo com a antiga ortografia