Depois dos outros prémios todos, os Óscares estão baralhados

<em>Roma</em>, o filme de Alfonso Cuarón foi o grande vencedor de uma mais uma cerimónia da temporada dos prémios. No Critics' Choice Awards houve ainda um empate : Lady Gaga e Glenn Close têm de dividir o prémio da atriz do ano!
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Mais uma cerimónia de prémios na América, mais glória para Roma, de Alfonso Cuarón, que venceu em grande os prémios dos críticos americanos da rádio e televisão - Critics' Choice Awards (CCA). O projeto a preto e branco mexicano venceu melhor realização, filme, filme estrangeiro e fotografia (também assinada por Cuarón). Cuarón ouviu o seu nome da boca de Taye Diggs, o apresentador, por quatro vezes, reforçando o seu poderio para o Óscares, isto num ano em que parece haver uma grande divisão em termos de favoritos.

Se Roma não for a concurso para melhor filme, este poderá ser um dos poucos anos sem favorito, embora para realização e filme estrangeiro, Roma é quase um vencedor antecipado da Academia.

A escolha dos críticos também complicou as previsões na melhor atriz. Tal como nos Globos de Ouro, Glenn Close venceu o CCA de melhor intérprete, mas aqui empatada com Lady Gaga, de Assim Nasce uma Estrela, que antes da surpresa nos Globos parecia a favorita assumida. Olivia Colman, em A Favorita, perdeu aqui mas não na categoria de comédia, onde suplantou uma concorrência em que estavam Rachel McAdams, Constance Wu e Emily Blunt.

Também na secção comédia o fenómeno Asiáticos Doidos e Ricos foi considerado o melhor filme. De recordar que esta simpática comédia chegou recentemente a Portugal aos clubes de vídeo das operadoras de televisão.

E como nos Critics' Choice celebra-se o cinema de ação, o vencedor foi Mission Impossible: Fall Out, enquanto que na lista de terror o vencedor foi John Krasinski e o seu Um Lugar Silencioso.

Nos atores, Christian Bale foi o escolhido em Vice, de Adam McKay, um relato da atuação de Dick Cheney na administração W. Bush. Bale parece imparável nesta campanha pré-Óscares e, nestes prémios, venceu ainda melhor ator de comédia no mesmo filme. O ator britânico no espaço de uma semana venceu três prémios com o mesmo papel.

Nos secundários, não se pode dizer que a surpresa tenha acontecido. Regina King caiu no goto e mereceu o prémio, mesmo apesar da concorrência de Claire Foy. A sua interpretação em Se Esta Rua Falasse é extraordinária e a verdadeira âncora de um filme que chega aos ecrãs portugueses na semana dos Óscares.

Quanto ao melhor secundário, Mahershala Ali venceu em Green Book - Um Guia para a Vida, comédia dramática onde interpreta um músico negro de jazz em digressão pelas América nos anos 60. Um ator em época de novas glórias, logo após todas as conquistas em Moonlight.

No que toca a prémios que nem os Globos nem os Óscares têm, destaque para o melhor elenco: A Favorita. O filme de Yorgos Lanthimos tem indiscutivelmente as grandes interpretações do ano, com destaque para Emma Stone, Rachel Weisz e Olivia Colman. Na categoria das revelações, vitória mais do que justa para Elsie Fisher, a adolescente do bem tocante Eight Grade, mesmo apesar da feroz competição de Thomasin MacKenzie, do também forte Sem Rasto.

Nas categorias técnicas destaque para Black Panther, da Marvel. O filme de Ryan Coogler venceu melhor cenário, efeitos-visuais e guarda-roupa.

Outra das lições para os Óscares foi a vitória de Homem-Aranha- No Universo Aranha, da Sony, na categoria de animação. Nesta altura, Incredibles 2, da Disney, deixou de ser favorito.

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