OMS. Remdesivir tem "pouco ou nenhum efeito" em doentes internados com covid-19

Estudo da Organização Mundial da Saúde contraria informações do fabricante: medicamento para tratar a doença provocada pelo vírus ébola, afinal não tem potecial par salvar a vida de doentes com covid-19.
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Tem sido considerado a terapia adequeada para o tratamento da covid-19 e ganhou destaque por fazer parte do lote de tratamentos usado por Donald Trump para tratar a infeção. Mas agora a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que o remdesivir tem "pouco ou nenhum efeito" em doentes internados com covid-19.

O estudo da OMS, publicado online na quinta-feira, "exclui absolutamente" a ideia de que o medicamento possa salvar um número significativo de vidas.

A empresa fabricante, Gilead, diz, no entanto, existirem provas "mais robustas", que incluem outro ensaio nos EUA que mostrou que o remdesivir reduziu os internamentos hospitalares de 15 para 10 dias.

Até agora, os médicos têm procurado na extensa lista de medicamentos disponíveis aqueles que podem ajudar a combater o novo coronavírus.

Tentaram os medicamentos para a malária, HIV, esclerose múltipla e também este, usado para tratar a doença provocada pelo vírus ébola, mas apenas um esteróide antigo - a dexametasona - provou ser capaz de salvar vidas de doentes infetados com covid-19, segundo a BBC.

A atenção volta-se agora para terapias experimentais, como anticorpos desenvolvidos em laboratório para combater o vírus e novos medicamentos antivirais ainda não testados.

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