'Olho de fogo' extinto no Golfo do México

Nas redes sociais o desastre foi apelidado de 'olho de fogo' devido à forma circular das chamas que saltavam da água, parecendo lava fundida.
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Um incêndio na superfície oceânica a oeste da península mexicana de Iucatão foi extinto na sexta-feira, disse a companhia petrolífera estatal Pemex, tendo explicado que o mesmo foi causado por uma fuga de gás de um oleoduto subaquático.

Capturado em vídeos, o incêndio, que se deu a uma curta distância de uma plataforma petrolífera da Pemex, propagou-se pelas redes sociais de forma mais rápida que o seu combate.

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Segundo a empresa, o incêndio demorou mais de cinco horas a ser controlado e que teve de recorrer ao uso de nitrogénio depois de ter enviado navios para despejar água sobre as chamas. Segundo o jornalista Manuel Lopez San Martin, que divulgou um dos vídeos, o incêndio esteve descontrolado durante oito horas.

O incêndio começou num oleoduto subaquático que liga a uma plataforma no principal empreendimento petrolífero da Pemex, Ku Maloob Zaap, a montante da orla sul do Golfo do México.

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Segundo a Pemex não houve feridos, e a produção não foi afetada. O campo petrolífero Ku Maloob Zaap é responsável por mais de 40% dos quase 1,7 milhões de barris de produção diária da Pemex.

A Pemex, lembra a Reuters, tem um longo historial de grandes acidentes industriais nas suas instalações.

Desconhem-se os danos ambientais que a fuga de gás e a bola de fogo causaram no oceano.

O diretor do programa oceânico do Center for Biological Diversity, Miyoko Sakashita, "as imagens assustadoras do Golfo do México estão a mostrar ao mundo que a perfuração offshore é suja e perigosa", cita a Associated Press. "Estes acidentes horríveis continuarão a prejudicar o Golfo se não acabarmos de uma vez por todas com as perfurações offshore", concluiu.

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