Obama lamenta "ausência de liderança" dos EUA devido à retirada do Acordo de Paris
Diante das mais de 6.000 pessoas que lotaram o centro de convenções de Montreal, Barack Obama falou sobre a situação dos Estados Unidos, embora tenha evitado mencionar o nome do seu sucessor na Casa Branca, Donald Trump, que tomou posse em janeiro.
Apesar de ter lamentado a decisão tomada por Washington, na semana passada, por Washington de sair do Acordo de Paris, "o mais ambicioso da história no combate às alterações climáticas", o antigo Presidente norte-americano mostrou-se otimista: "O acordo, mesmo com a ausência temporária da liderança norte-americana, ainda vai dar aos nossos filhos uma oportunidade de luta".
"Claro que estou desapontado com a atual decisão da Administração norte-americana de se retirar de Paris. Vamos ter que agir com mais urgência. Estou à espera que, no futuro, os Estados Unidos sejam um líder", observou Barack Obama.
Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e ratificado por cerca de uma centena e meia, o acordo entrou formalmente em vigor em 04 de novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.
O acordo histórico teve como 'arquitetos' centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao pacto, com a exceção de Donald Trump.