Obama defende gays na véspera de viagem à Rússia

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu hoje em Estocolmo, Suécia, a igualdade de direitos dos homossexuais, na véspera de uma viajar para a Rússia, país que aprovou recentemente uma lei penalizadora da homossexualidade.
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"Partilhamos a crença na dignidade e na igualdade de todos os homens. Que os nossos irmãos e irmãs homossexuais devem ser tratados de forma igual perante a lei", afirmou Obama, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.

Obama, que iniciou hoje a sua primeira visita oficial à Suécia, segue na quinta-feira para São Petersburgo, Rússia, para participar numa cimeira do G20, grupo dos países mais ricos do mundo e das potências emergentes.

O Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou em junho uma lei que penaliza qualquer ato de "propaganda" homossexual visando menores de idade.

A lei suscitou diversas críticas em todo o mundo devido ao seu caráter potencialmente discriminatório.

Segundo o novo diploma, uma pessoa individual que infringir as normas estabelecidas pode incorrer numa coima entre 4.000 rublos e 5.000 rublos (100 e 125 euros), enquanto uma pessoa titular de um cargo público arrisca uma multa entre 40.000 e 50.000 rublos (1.000 e 1.250 euros). Se o infrator for uma entidade jurídica a coima pode oscilar entre os 800.000 e um milhão de rublos (19.000 e 23.500 euros).

As sanções são mais severas quando a propaganda é divulgada através da Internet, com a lei a prever uma pena de prisão até 90 dias.

Os cidadãos estrangeiros também são abrangidos pela lei, podendo enfrentar uma multa até 100.000 rublos (2.300 euros), mas também uma pena de prisão de 15 dias ou a expulsão do país.

Vários militantes homossexuais estrangeiros deslocam-se regularmente à Rússia para dar o seu apoio a manifestações promovidas pelos movimentos e ativistas da comunidade 'gay' russa, protestos normalmente interditos e reprimidos pelas autoridades locais.

Na Rússia, a homossexualidade foi considerada crime até 1993 e uma doença mental até 1999.

Durante a sua deslocação a São Petersburgo, a segunda maior cidade russa, Barack Obama vai encontrar-se com ativistas russos dos direitos humanos, segundo a embaixada dos Estados Unidos em Moscovo, que endereçou os convites aos elementos das organizações. O encontro deverá ocorrer na quinta-feira.

De acordo com a comunicação social russa, a reunião também vai contar com a presença de representantes de uma organização de defesa dos direitos das minorias sexuais.

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