O pingue pongue de passos e Seguro sobre apoio às pequenas e médias empresas
No debate quinzenal, o líder socialista abriu o frente-a-frente com perguntas telegráficas, perguntando ao primeiro-ministro o motivo de as medidas de apoio às empresas terem demorado seis meses a serem adotadas.
"Porque o Orçamento do Estado para 2011 [da responsabilidade dos socialistas] não o permitia e o Orçamento do Estado para 2012 já o permite", respondeu Pedro Passos Coelho.
Seguro questionou depois Passos sobre quanto da linha de crédito é capital novo, com o líder do executivo a responder que "apenas 600 milhões de euros" transitam do passado.
O secretário-geral do PS não ficou satisfeito e insistiu saber qual a quantia de dinheiro que se pode considerar nova. O primeiro-ministro repetiu: "O diferencial entre o total de 1500 milhões de euros e a verba que transitou [do passado] de 600 milhões de euros, ou seja, 900 milhões de euros", disse.
António José Seguro aproveitou depois para traçar uma linha de demarcação face ao atual executivo, dizendo que a proposta do PS visa adotar uma linha de crédito na ordem dos cinco mil milhões de euros, financiamento a ser obtido através de negociação com o Banco Europeu de Investimentos.
Pedro Passos Coelho contrapôs: "Enalteci essa proposta do PS mas não me vinculei com qualquer valor".
"Na posição em que está [António José Seguro] tem a liberdade de pedir valores", observou, recebendo palmas das bancadas do PSD e CDS.