"O nosso filho não sofria de depressão". Andreas matou 150 pessoas

Acidente aconteceu a 24 de março de 2015, nos Alpes franceses
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Faz esta sexta-feira, dia 24 de março, dois anos que um avião da Germanwings se despenhou contra os Alpes franceses. A bordo iam 150 passageiros que morreram. A investigação concluiu que o principal culpado era o copiloto Andreas Lubitz, que teria feito o avião despenhar-se propositadamente.

Foi precisamente hoje, às 10:30, hora em que também tinha sido a última comunicação entre o avião e as torres de controlo, e por isso várias famílias prestavam homenagem aos falecidos, que o pai de Andreas resolveu dar uma conferência de imprensa.

"Nós, como qualquer família afetada, estamos em busca da verdade. O nosso filho não sofria de depressão nessa altura", afirmou Günter Lubitz. O seu filho, Andreas, estaria com transtornos psicológicos na altura do desastre. Estes incluíam pensamentos suicidas, o que terá levado a que se suicidasse a bordo do avião, arrastando consigo centena e meia de pessoas.

O pai, no entanto, considera que a situação não foi bem investigada e que, à altura do acidente, o filho já não sofria de depressão alguma. "Andreas tinha sofrido de depressão, mas muitos anos antes. Já tinha superado isso. Era uma pessoa responsável e cheia de vida. O que dizem que fez não encaixa em quem ele é", afirmou, de acordo com o El Mundo.

Günter deu a conferência de imprensa ao lado de Tim van Beveren, um especialista em aviação que recordou que as investigações foram demasiado rápidas. "Quarenta e oito horas depois do acidente já se sabia o que tinha acontecido. Nunca vi nada igual nos últimos 25 anos", disse.

"Existem claramente muitas coisas que não investigaram totalmente, talvez porque não quiseram", acrescentou Günter Lubitz.

Os familiares, através de um advogado de um grupo de famílias que falou ao Der Spiegel, fala em "provocação e mau gosto".

"Não conseguimos explicar porque é que Günter Lubitz escolheu este dia para falar. Há um momento para tudo e hoje não era para fazer isto. Foi uma provocação e um ato de muito mau gosto", disse.

Muitos familiares e amigos das vítimas realizaram hoje cerimónias religiosas e outras homenagens para prestar tributo e relembrar as vítimas da tragédia.

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