O melhor emprego do mundo inclui livros e o paraíso

A nova tendência entre os multimilionários são as livrarias em lugares remotos, mas deslumbrantes
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Num mundo cada vez mais digital, ninguém esperaria que "o melhor emprego do mundo" pudesse ser o de livreiro. A vaga abriu num resort de luxo nas Maldivas, e a grande vantagem nem sequer é o salário, mas sim os benefícios associados à função.

A ideia foi de Philip Blackwell, herdeiro de uma família dos livreiros, que publicou um anúncio de emprego para a livraria do luxuoso resort ecológico Soneva Fushi, nas Maldivas.

"O pagamento é irrisório, mas os benefícios extras são incomparáveis", garante Blackwell. "O papel irá evoluir e cabe-nos a nós aproveitar ao máximo esta oportunidade única. É um trabalho de sonho para muitas pessoas. Se eu tivesse 25 anos seria um dos candidatos", acrescenta, citado pelo The Guardian.

Quem for selecionado, irá assinar um contrato inicial de três meses. Além de vender livros, terá como funções escrever "um blogue divertido e animado que possa captar a vida cansativa de um livreiro numa ilha deserta", explica ainda Blackwell, num tom irónico.

Os candidatos deverão ser apaixonados por livros, além de terem a capacidade de envolver leitores de todas as idades, uma vez que a pessoa que conseguir ficar com este emprego de sonho terá ainda de contar histórias a crianças e organizar cursos de escrita criativa para os hóspedes, na sua maioria celebridades e multimilionários.

"Queremos alguém que seja criativo e inspirador e que consiga conquistar mais pessoas para partilhar o prazer da leitura, que é o que as pessoas gostam de fazer nas férias", explicou Blackwell.

Este livreiro terá como "escritório" um verdadeiro postal vivo: praias de águas transparentes, com "areia tão macia como neve", e ficará alojado perto do resort de luxo, onde o preço de um quarto pode chegar aos 26 mil dólares por uma noite.

Sobre o negócio, Neill Denny, editor da BookBrunch, e o primeiro a anunciar a oferta de emprego, disse ser "um nicho dentro de um nicho", ou seja, vender livros de qualidade aos mais ricos do mundo que, como é hábito, seguem a tendência inversa: com o digital a ganhar avanço, começam a construir bibliotecas de raiz e conseguem facilmente pagar o preço de uma primeira edição.

Para Blackwell, esta é outra forma de olhar para a herança deixada pela família - depois de anos a gerir a cadeia de livrarias britânicas, criou a Ultimate Library. Tinha tirado um ano sabático para viajar e percebeu como era difícil, em alguns lugares, encontrar leitura de qualidade. Decidiu criar pequenas livrarias em hotéis de luxo e também já o fez num navio de cruzeiro, numa reserva de caça no Quénia e também num clube privado em Londres.

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