"O Folio não é de Óbidos, é de todos"

O Festival Literário Internacional de Óbidos terminou ontem. O que ficou? O presidente da câmara explica
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A terceira edição do Folio - Festival Internacional Literário fechou ontem com uma promessa do presidente da Câmara de Óbidos, anfitriã do evento: "Na próxima semana começamos a falar do próximo ano."

Quantas pessoas passaram pela vila medieval nos dois fins de semana em que decorreu o festival? "Não consigo transformar literatura em números", afirma Humberto Marques ao DN. Sabe, porém, que "houve uma influência direta no fluxo de visitantes". E um dado para assinalar. "Se compararmos a ocupação do parque de estacionamento antes de começar o Folio com esta semana, estão cheios. Era de 30%, esteve a 100%."

Manteve-se neste ano a política de não cobrar bilhética para participar nos eventos que se espalhavam por vários pontos da vila, nomeadamente as muitas livrarias temáticas que, desde 2008, quando Humberto Marques era vice-presidente da câmara, começaram a abrir portas em Óbidos em parceria com o fundador da Ler Devagar, José Pinho.

"O Folio não é de Óbidos, é de todos. Na afirmação de uma marca que é Portugal, não podemos deixar de olhar para a dimensão internacional", defende Humberto Marques, agora presidente da câmara reeleito, pelo PSD. "Já se provou o que se tinha de provar na cultura, no turismo ou a outros [parceiros]."

O apoio do Turismo de Portugal esteve ausente na edição de 2017, situação que o autarca acredita que será revista. "Acredito que o Turismo será um parceiro ativo nesta agenda e estratégia, tal como o Ministério da Cultura", referiu. "Sendo este evento um branding, acredito que o turismo se envolva muito mais no evento, como sendo um evento do turismo de Portugal", completou Humberto Marques.

Na edição deste ano, com participações de escritores como Manuel Alegre, Mário de Carvalho, Gonçalo M. Tavares, Dulce Maria Cardoso, Afonso Cruz ou o vencedor do Prémio Saramago, Julián Fuks, entre outros autores, uma conversa superou em número de participantes, não só deste ano mas de todos: aquela em que, no sábado, um português, Ricardo Araújo Pereira, e um brasileiro, Gregório Duvivier, entram num bar - o auditório do Folio.

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