O espumante está pronto para a festa
Esta história começa debaixo do chão e termina no auge da festa, porque é essa afinal a viagem de uma garrafa de espumante. Nenhuma outra bebida passa tanto tempo mergulhada na escuridão de uma cave para depois se colocar no centro da luz e dos brindes. É o líquido que sela a importância das efemérides e que encorpa os acontecimentos marcantes. Nos últimos anos, o espumante português começou a perder a vergonha de não ser champanhe e entrou no mais brilhante período da sua história. Apareceram novos produtores, os mais antigos dão cartas nos concursos internacionais, as vendas não param de crescer. Nas próximas semanas, metade dos stocks chegarão às mesas do país, para celebrar o Natal e o Ano Novo. E isso é uma boa desculpa para perceber todo este mundo que existe antes daquele som que a rolha faz quando salta do gargalo. O ploc que antecede a espuma.
Em Távora-Varosa, a mais antiga região demarcada de espumante do país, os dias são de agitação. As festas estão ao virar da esquina e agora é altura de rotular e embalar, expedir e distribuir a produção.