O dia negro de Bruno de Carvalho

Ex-presidente do Sporting foi hospitalizado no Hospital da Cruz vermelha e falhou comparência na sede de candidatura, para onde tinha agendado seguir as eleições de sábado, entre outras ações
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Suspenso e impedido de concorrer ao ato eleitoral ganho por Frederico Varandas, em risco de ser expulso do Sporting por sugestão da Comissão de Fiscalização transitória (hoje tomam posse os corpos sociais do Sporting às 19:00), Bruno de Carvalho teve um dia negro, este sábado. O 42.º presidente dos leões esteve hospitalizado no Hospital da Cruz Vermelha, de onde terá saído ao início da manhã.

Segundo fonte próxima do antigo dirigente do Sporting, Bruno de Carvalho deu entrada no Hospital da Cruz Vermelha este sábado ao final da tarde/início da noite. Uma indisposição, da qual ainda se desconhece a origem, obrigou a um internamento de várias horas naquela unidade de saúde de Lisboa.

Esta contrariedade terá estado na origem da ausência de Bruno de Carvalho da sede da sua candidatura, que foi travada pelo Conselho Fiscal com a suspensão de dez meses, que o impedia de concorrer às eleições. Ainda assim, manteve o espaço físico e continua a identificar-se nas redes sociais como "presidente do Sporting Clube de Portugal".

Na sede, Bruno de Carvalho tinha agendadas para sábado várias ações com a equipa de apoiantes, incluindo, obviamente, o acompanhamento do ato eleitoral que bateu o recorde de votantes (22.510 contra os 18.661 que o reconduziram no cargo a 4 de março de 2017). A sua ausência foi notada no círculo mais próximo.

Além de tudo isto, também se ficou a saber já este domingo que, segundo o relatório e contas conhecido no sábado, a SAD interinamente dirigida por Sousa Cintra não irá indemnizar nenhum dos elementos do anterior Conselho Diretivo, que era liderado por Bruno de Carvalho,

A série de episódios conflituosos de Bruno de Carvalho, que escalou até ao assalto à Academia, onde a 15 de maio foram agredidos jogadores e membros da equipa, levou à destituição em Assembleia Geral no dia 23 de junho. Votaram 14.735 sócios, com 71,36% dos votos a favor da destituição e 26,84% contra.

Há dois dias, a SAD informou a CMVM que "não foram pagas ou são devidas quaisquer indemnizações a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções". Apenas foram pagos direitos "respeitantes a férias, subsídio de Natal e respetivos valores proporcionais" até 27 de junho, dia em que cessaram funções. Bruno de Carvalho recebeu 182.606 euros, Vieira, Caeiro e Pinheiro (este demitiu-se no início de junho) auferiram 138.856 euros. As remunerações auferidas pelos quatro administradores eram de: 25.113 euros/mês (Bruno de Carvalho) e 16.742 euros (Carlos Vieira, Guilherme Pinheiro e Rui Caeiro).

Entretanto, já foi noticiado que esta segunda-feira o ex-presidente irá impugnar as eleições deste sábado, interpondo uma providência cautelar. Algo que o DN ainda não conseguiu confirmar junto do movimento liderado pelo ex-presidente.

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