O circo de Michael Jackson

(COM VÍDEOS) A companhia canadiana Cirque du Soleil regressa a Portugal para apresentar, entre amanhã e domingo, no Pavilhão Atlântico, 'The Immortal', um espetáculo de homenagem ao músico Michael Jackson. Um grande concerto com as músicas e as coreografias do 'rei da pop' em que se enaltece a capacidade de sonhar
Publicado a
Atualizado a

Isto não é um espetáculo de Michael Jackson. Isso é claro. Mas ele está lá, no palco, o tempo todo. Ele está lá, de verdade, nos ecrãs. Esta lá, constantemente, através da música. Está lá sempre que os bailarinos fazem um daqueles gestos inconfundíveis. Ou põem o chapéu na cabeça. Ou arrastam os pés em moonwalk. Ou parecem os zombies do videoclipe de Thriller. Ele está lá nas roupas, nos sapatos, nas meias brancas, na luva de diamantes. Naquele fato extraordinário, iluminado, que a designer Zaldy Coco criou para os concertos da "This Is It Tour" e que nunca chegou a ser usado por Michael.

The Immortal, o espetáculo que o Cirque du Soleil apresenta no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a partir de amanhã e até domingo, é uma homenagem ao músico falecido em 2009. Uma homenagem à música - e estão aqui os hits todos, de They Don't Care About Us a Black or White, de Dangerous a Human Nature, de I'll Be There a The Way You Make Me Feel. Uma homenagem também àquela imagem idealizada que guardamos de Jackson como o músico que vivia rodeado de personagens imaginárias no rancho da Terra do Nunca e numa eterna infância de onde não queria sair. Não há escândalos, não há máscaras na cara, não há casamentos falhados nem comprimidos, nem crises existenciais. Este é o Michael Jackson que escolhemos lembrar. O que acreditava no sonho e no amor entre todas as pessoas. O que gostava de criar e de dançar. E só por isso, dois anos após a sua morte, a família permitiu a utilização de todo o seu catálogo, incluindo algumas gravações inéditas.

Veja o trailer do espetáculo:

[youtube:p8qOMlfLG8Q]

Jamie King, o argumentista e diretor do espetáculo, de 39 anos, participou na Dangerous World Tour, em 1992, e depois disso trabalhou como coreógrafo e diretor artístico nas digressões de estrelas como Prince, Madonna, Britney Spears ou Jennifer Lopez. No entanto, King não tem dúvidas de que The Immortal é a produção mais ambiciosa em que já trabalhou. "É realmente um híbrido entre o estilo teatral do Cirque e um espetáculo pop. A escala é extraordinária, é uma operação de massas", afirmou ao The Telegraph.

Jamie King trouxe a sua visão para o Cirque du Soleil e isso nota-se. Claro que há acrobacias e números arriscados, o "fator Uau!" é um dos segredos do sucesso da companhia, mas mais do que isso The Immortal é como um grande concerto e até tem uma banda que toca ao vivo - com uma curiosidade, alguns dos elementos são músicos que acompanharam Michael Jackson, como o baterista Jonathan "Sugarfoot" Moffett e o teclista Greg Phillinganes.

Veja como o tema 'Billie Jean' é interpretado no espetáculo de 'The Immortal':

[youtube:YffRM8u5eYU]

No palco estão cerca de 50 artistas - músicos, acrobatas, dançarinos - de diferentes nacionalidades. E um deles é a portuguesa Rita Spider. No total , são mais de 200 pessoas e 37 camiões em digressão. Se Michael Jackson se apresentasse hoje ao vivo não teria tão grande produção. E provavelmente também não conseguiria encher seis vezes o Pavilhão Atlântico.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt