Catarina Martins, coordenadora bloquista, garantiu esta terça-feira que o "BE nunca procura alianças negativas", mas procura "positivamente responder aos compromissos" assumidos, não tendo "medidas de um lado ou do outro conforme os parceiros que possa ter para votações"..De acordo com a edição de hoje do jornal Público, uma "coligação negativa" no parlamento ameaça chumbar a taxa de proteção civil, uma vez que a direita se irá juntar ao BE para acabar com a medida do Governo.."Não me revejo na ideia de alianças negativas e o BE nunca procura alianças negativas. O que nós fazemos é apresentar as propostas que dissemos que íamos apresentar e que vêm de compromissos anteriormente assumidos. Não mudamos de posição", respondeu aos jornalistas Catarina Martins, à margem de uma visita ao INEM, em Lisboa..Segundo a líder do BE, o partido procurou sempre, "positivamente, responder aos compromissos" que assumiu. "O Bloco negociou medidas com o Governo e tem um acordo com o PS e há medidas que já foram sendo aprovadas no parlamento. O Bloco não tem medidas de um lado ou do outro conforme os parceiros que possa ter para votações", garantiu..Para Catarina Martins, o que hoje é noticiado pelo Público - "não por mudança de posição do Bloco, eventualmente por mudança de posição de outros partidos" - diz respeito a "duas medidas que o Governo já sabe ter a oposição" dos bloquistas e que o partido "tentará no parlamento reverter".."A taxa de Proteção Civil, como sabem, nós opusemo-nos nas várias autarquias, levamos até ao Tribunal Constitucional que chumbou a taxa de Proteção civil e, portanto, o Governo já sabia que nós não a íamos aceitar neste orçamento. Achamos que a proteção civil deve ter mais meios, sim, mas achamos que esta não é a forma", lembrou, garantindo que "não há aqui nenhuma novidade sobre a posição" do BE, que propôs a revogação da medida..Sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, medida que foi aprovado no Orçamento do Estado de 2018, segundo Catarina Martins, não houve qualquer mudança de opinião do partido.."É natural que o Bloco, se for promulgado um decreto-lei que não contabiliza o tempo de serviço, que não respeita o que nós aprovamos no anterior orçamento, que nós façamos a apreciação parlamentar. O governo sabe desta nossa posição, sabe todo o país", lembrou..Questionada se espera que não seja preciso o voto do PSD, com aconteceu na Taxa Social Única dos 'patrões', a líder bloquista disse que o ideal é o Governo cumprir os seus compromissos.."Naturalmente que, para o BE, seria sempre melhor que o Governo cumprisse o compromisso do que fazer uma votação para derrotar decretos-lei do Governo sem a participação do PS, quando ainda por cima estamos a falar de algo que já foi votado pelo parlamento", referiu.."O ideal para nós seria que o Governo, que o PS, percebessem que têm de cumprir o que já estava decidido e compreendam que nós nos mantemos fiéis aos compromissos de sempre", admitiu. Ainda assim, se o PS não o fizer, o Bloco não deixará de fazer o seu trabalho no parlamento, prometeu Catarina Martins.