O Anjo e o Diabo partilham o mundo em Évora

Delfim Sardo construiu relações entre peças de arte sacra e de arte contemporânea. Mas não as explica, convidando o espectador a descobri-las, no Fórum Eugénio de Almeida
Publicado a
Atualizado a

O que têm em comum um quimono de teatro japonês manchado de sangue numa alusão a um ato sexual e uma veste de ombros utilizada por sacerdotes em celebrações religiosas? São ambos peças de vestuário associadas a uma memória ritual que até 25 de março partilham a mesma sala do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, no âmbito da exposição Tão Alto Quanto os Olhos Alcançam. É este olhar cruzado entre arte sacra e contemporânea que se repete em toda a mostra, numa proposta do curador Delfim Sardo.

O mote é dado logo pela primeira peça, no hall de entrada: Anjo, Diabo, Mundo (1994) do alemão Stephan Balkenhol, obra da Fundação Ellipse, "uma peça um bocadinho irónica porque tem alguma da simbologia da escultura religiosa mas é completamente profana", refere o curador.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt