O André regressa e aventura-se num mundo de máscaras
André tem uma nova amiga nesta quarta aventura da coleção O Mundo do André que amanhã chega às livrarias, agora com a chancela da Bertrand Editora, juntamente com a reedição da primeira história desta série infantojuvenil André e a Esfera Mágica. E o título condiz com a época carnavalesca: André e o Baile de Máscaras.
Nesta segunda vida da coleção, a autora, Manuela Gonzaga, conta ao DN como tudo começou: "Quando os meus filhos eram pequenos, costumava tomar nota das coisas que eles diziam, das histórias que contavam, e, até, dos sonhos. Ao pequeno-almoço contávamos uns aos outros os sonhos que tínhamos tido. Um dia dei por mim a escrever uma história em que o herói se chamava André [nome de um dos seus filhos], costumava falar com as portas e andava à bulha com os colegas quando os via maltratar cães vadios... isto há 30 anos, quando ainda nem se falava em direitos dos animais."
Essa primeira história esteve 30 anos fechada numa gaveta e quando surgiu a hipótese de ser publicada, a historiadora e investigadora associada ao Centro de História Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa percebeu que "a primeira parte dispensava alterações". Já a segunda "cresceu substancialmente, com a entrada em cena de mais elementos e personagens". "Acima de tudo, percebi que em vez de um livro, tinha uma coleção de que André e a Esfera Mágica era, é, o ponto de partida."
E nesta quarta aventura ganha mais uma personagem, de cabelo muito preto e liso, boca pintada de preto, argola no nariz, pálpebras e olhos escuros, pele branca e jilaba por cima de camisolas de algodão e calças de ganga. Chama-se Formiga, é colega de escola de André, já com 12 anos, e cúmplice numa viagem a um mundo desconhecido. Uma viagem que, como sempre, tem como portal essa esfera mágica do título inaugural da saga.
Manuela Gonzaga, que tem mais de uma dezena de livros publicados para adultos e desde 2000 se dedica em exclusivo à escrita, explica ao DN que "escreve todos os dias, em computador". "Acho que, mesmo a dormir, continuo a brincar, a viver a história. É muito bom, porque há alturas, nestas aventuras do André, em que o processo fica de tal forma complexo, delirante mesmo, que chego a um ponto em que penso "agora... não há saída. O André está feito! Vou ter de recomeçar do princípio..." Depois acordo, e a solução, cristalina, está diante dos meus olhos."
Depois deste Baile das Máscaras, "há várias aventuras já esboçadas". E avança: "Já há computadores! E telemóveis!! E viagens intercontinentais. Só não há micro-ondas porque quer a mãe, Madalena, quer a Vicência, recusam-se a ter aquela maquineta."
Ficha:
André e o Baile de Máscaras
Manuela Gonzaga
Bertand Editora
216 páginas
PVP: 12,2euro