O alerta: "O que Faz falta é Agitar a Malta"
A base da exposição que está no Espaço Ephemera, localizado no antigo complexo industrial da Quimigal no Barreiro, são cartazes que surgem como "expressões de protesto e resistência e representam a contribuição do cidadão comum, muitas vezes anónimo, para a vida política e democrática, constituindo-se como documentos de uma história do povo, a ser escrita também a partir deles", adianta a empresa Baía do Tejo, que gere este espaço.
Ao final desta sexta-feira, José Pacheco Pereira e Helena Sofia Silva vão moderar um debate que terá lugar depois de uma visita à exposição. Os cartazes foram produzidos pelo coletivo As Toupeiras para "homenagear a memória da Revolução de Abril, convocando histórias, personagens e o entusiasmo de tantas outras revoluções que ambicionaram mudar o mundo. Emergindo como as toupeiras, malta agitada tem-se movido contra a austeridade, a desigualdade, a exploração petrolífera, o assédio sexual ou os trágicos incêndios do último verão. E isso faz muita falta", explicam os curadores.
Esta tarde, pelas 17.00, tem lugar uma visita guiada pelos dois curadores à exposição, seguindo-se um debate, no auditório do Museu Industrial da Baía do Tejo, em que vão participar Piedade Gralha (Colectivo As Toupeiras), Frederico Duarte (curador e crítico de Design), Heitor Alvelos (diretor ID+laboratório para os Media Inesperados da Universidade do Porto) e José Bártolo (diretor científico esad - ideia, Investigação em Design e Arte).