Nuno Crato paga deslocações aos professores de inglês do 1.º ciclo

Este é o primeiro ano de ensino obrigatório do idioma no 1.º ciclo. Professores estão a ser colocados em todas as escolas do agrupamento o que implica passar o dia em viagens.
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No agrupamento de escolas de Cinfães o professor que der aulas de inglês ao primeiro ciclo vai ter de deslocar-se a oito escolas. Uma fica a 24 km da sede e outra a 15 km, mas em sentidos opostos, ou seja, o professor pode ter de percorrer num dia 39 km, explica o diretor. Manuel Pereira até já teve uma professora colocada, num horário de 20 horas, mas "rescindiu hoje [ontem] porque encontrou uma solução melhor que não implicava tantas deslocações". Um transtorno que, para os diretores de escolas, devia ser amenizado com o pagamento das deslocações e a contabilização da duração das viagens como tempo de serviço.

Em resposta à primeira reivindicação, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) garante que os professores vão ser compensados pelos quilómetros percorridos. Já em relação à contagem das horas, questionado pelo DN, o MEC optou pelo silêncio.

Nuno Crato introduziu o inglês obrigatório nos dois últimos do primeiro ciclo. O 3.º ano começa agora a ter esta disciplina, duas horas por semana, e no próximo ano letivo será a vez dos alunos do 4.º ano. Esta é assim a primeira vez que um grupo de docentes é confrontado com deslocações diárias entre várias escolas. Uma vez que para completar o horário, os diretores atribuem todas as turmas do primeiro ciclo a um só professor.

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