A região da Lombardia permanece como a mais problemática de Itália em termos de pandemia de covid-19. O país registou esta terça-feira mais 162 mortes, contra 99 no dia anterior, informou a Proteção Civil, enquanto a contagem diária de novos casos subiu acentuadamente para 813, foram 451 na segunda-feira. A maioria dos casos, como refere o jornal La Repubblica, tem origem na região do norte de Itália.."Tem quase 6 novos casos em cada 10 na Itália. Na Lombardia, o declínio da epidemia é muito lento, enquanto todas as outras regiões têm números mais favoráveis", analisa o jornal italiano. Dos 813 casos registados hoje, 462 foram diagnosticados na região onde o surto teve início em fevereiro passado e onde se registaram até agora o maior número de casos e de mortes.Numa altura em que o desconfinamento está em curso, estes números geram dúvidas mas é cedo para ter conclusões, já que é necessário uma série mais longa de registos para avaliar o processo de abrandamento da quarentena imposta no país e o impacto na saúde pública..O número total de mortos desde o aparecimento do surto em 21 de fevereiro agora é de 32.169, segundo a proteção civil, sendo a terceira maior mortalidade no mundo, depois dos Estados Unidos e do Reino Unido..O número de casos confirmados é de 226.699, o sexto maior registo mundial, atrás dos Estados Unidos, Rússia, Espanha, Reino Unido e Brasil..As pessoas registadas como portadoras da doença caíram de 65.553 para 65.129..Nesta terça-feira há 716 pessoas em cuidados intensivos, contra 749 de segunda-feira, mantendo-se um declínio de longa duração. Dos infetados, 129.401 foram declarados recuperados contra 127.326 no dia anterior. E dois milhões de pessoas já foram testadas, contra 1,959 milhão na segunda-feira, numa população de cerca de 60 milhões.."Venham passar férias a Itália", apela ministro.O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi di Maio, está a apelar aos alemães para abandonarem os medos do novo coronavírus e passarem as férias em Itália neste verão..A Itália mantém o plano de reabrir para turistas europeus a partir do início de junho e interromper um período obrigatório de quarentena de 14 dias como parte de uma saída por fases do isolamento de coronavírus.."Venham visitar as nossas praias, o nosso mar, as nossas aldeias nas montanhas, desfrutem da nossa culinária. Estamos prontos para recebê-los com um sorriso", disse Di Maio numa entrevista ao principal jornal diário da Alemanha, o Bild, que será publicada quarta-feira..O governo impôs uma paralisação económica no início de março para combater a pandemia. A paralisação interrompeu todas as férias num país fortemente dependente da indústria do turismo..Di Maio disse que a Itália está "pronta para receber turistas da Europa com a segurança necessária", citando uma queda significativa nos novos casos de coronavírus, antes de se conhecerem os números desta terça-feira.."De meados de junho a setembro, será possível viajar para a Itália sem problemas", disse Di Maio, acrescentando que "protocolos de saúde claros estão em vigor nas instalações de alojamento"..A Alemanha ainda tem um aviso em vigor até meados de junho contra férias no exterior, apesar da flexibilização dos regulamentos entre os parceiros europeus. Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros Heiko Maas indicou que a Alemanha estará preparada para diminuir o aviso de viagem mais cedo na Europa do que outros países..Com o setor de turismo cambaleando, a Comissão Europeia instou na semana passada os países da UE a reabrirem gradualmente as fronteiras internas e a tratar cada estado membro de acordo com os mesmos critérios.