Chamada à oração e dois minutos de silêncio param Nova Zelândia

Uma semana depois do ataque contra as mesquitas de Christchurch, país faz homenagem às vítimas. "A Nova Zelândia chora com vocês. Somos um", declarou a primeira-ministra Jacinta Ardern.
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A Nova Zelândia parou esta sexta-feira, uma semana após o ataque contra duas mesquistas que causou 50 mortos, para ouvir a chamada à oração islâmica e, em seguida, cumprir dois minutos de silêncio em homenagem às vítimas.

Num dia sem precedentes, a chamada à oração islâmica foi transmitida na rádio e televisão públicas, enquanto milhares de pessoas, incluindo a primeira-ministra, Jacinda Ardern, se reuniram em frente à mesquita Al Noor, onde morreram 42 das 50 vítimas.

"A Nova Zelândia chora com vocês. Somos um", declarou Ardern, um dia depois de ter anunciado a proibição da venda de armas de assalto e semiautomáticas, como as que foram usadas no ataque da passada sexta-feira.

A chamada à oração, feita às 13:30 (00:30 em Lisboa), foi seguida por dois minutos de silêncio.

O imã da mesquita de Al Noor, Gamal Fouda, agradeceu aos neozelandeses todo o apoio: "Este terrorista procurou destruir a nossa nação com uma ideologia maligna (...) Mas, em vez disso, nós mostramos que a Nova Zelândia é inquebrável".

"Estamos com o coração partido, mas não estamos destruídos. Estamos vivos. Estamos juntos. Estamos determinados a não deixar ninguém dividir-nos", disse o líder religioso, sob os aplausos da multidão, que as autoridades locais estimaram em 20 mil pessoas.

Mais tarde, o funeral de 26 pessoas, incluindo o de Mucaad Ibrabim, de 3 anos, decorreu no mesmo cemitério onde foram já enterradas mais de 12 vítimas dos ataques.

O imã Fahim Imam, nativo de Christchurch, de 33 anos, voltou à cidade para a homenagem. "É simplesmente incrível ver como o país e a comunidade se uniram", disse.

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