Nova imagem de Renato Seabra pode servir de trunfo

Na sexta-feira, o suspeito do homicídio de Carlos Castro usou fato cinzento em vez do habitual uniforme. O advogado explica a estratégia.
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Renato Seabra entrou no Supremo Tribunal de Nova Iorque de semblante sério e carregado, mas com um fato cinzento oferecido pela mãe, Odília Pereirinha.

A surpreendente mudança de visual pode ser interpretada como uma estratégia da defesa, que poderá estar a antecipar um julgamento.

Mas a indumentária teve de ser autorizada pelo Hospital Psiquiátrico de Bellevue, onde o jovem está internado. Paul da Silva, advogado criminalista lusodescendente, explica que "enquanto não há julgamento, o acusado deve usar a farda do estabelecimento onde está detido, neste caso o hospital". E considera que "se ele surgiu vestido desta forma é porque recebeu autorização".

No entender deste causídico, esta alteração pode beneficiar a defesa. Por duas razões. "A primeira é que, se houver julgamento, o júri de doze nova-iorquinos já tomou contacto com esta imagem do Renato, que é muito menos negativa e tem um significado público menos criminal do que quando surge com farda cor-de-laranja", adianta Paul da Silva. Que remata: "O segundo motivo deve-se a razões pessoais. A mãe deverá ter querido vê-lo de outra forma."

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