Noruega prestou homenagem às 77 vítimas mortais

(ACTUALIZADA) A Noruega homenageou hoje as 77 vítimas mortais dos atentados concretizados pelo extremista Anders Behring Breivik, um mês após o que foi o pior ataque ocorrido no país em tempo de paz.
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Cerca de 6.700 pessoas, entre as quais sobreviventes, familiares e amigos das vitimas, representantes das forças de segurança, da família real e do governo e chefes de Estado ou de governo dos países vizinhos, juntaram-se numa sala de concertos de Oslo para assistir a um espectáculo de homenagem que contou com a participação dos maiores artistas do país.

"Quase todas as palavras já foram ditas", afirmou o rei Harald V da Noruega no início da cerimónia.

O rei, visivelmente emocionado, lembrou que as últimas semanas foram difíceis para todos mas considerou positivo o encontro de hoje.

No âmbito da cerimónia de homenagem estão ainda previstas várias exibições musicais, intervaladas por actuações de actores noruegueses que irão ler os nomes das 77 vítimas, maioritariamente jovens, dos ataques de 22 de Julho.

Assumindo-se em guerra contra o islão e o multiculturalismo, Behring Breivik, 32 anos, fez, nessa data, explodir uma bomba perto da sede do governo e depois disparou sobre centenas de jovens trabalhistas que estavam reunidos num campo de férias na ilha de Utoya, a cerca de quarenta quilómetros de Oslo.

Para contrariar simbolicamente as teses de extrema-direita de Breivik a cerimónia de homenagem às vítimas é dirigida por Haddy N'jie, uma artista filha de pai gambiano e mãe norueguesa.

No sábado, pela primeira vez depois da tragédia, os sobreviventes do ataque na ilha de Utoya puderam visitar o local onde foram mortos 69 camaradas seus.

Behring Breivik, que está detido preventivamente numa prisão de alta segurança perto de Oslo, reconheceu ter sido o autor dos ataques mas considerou que o seu gesto foi "atroz mais necessário.

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