Norte-americano libertado pela Coreia do Norte confessou trabalhar para a CIA

Em outubro de 2015,Kim Dong-chul foi apanhado pelas autoridades norte-coreanas e condenado a 10 anos de prisão num campo de trabalhos forçados.
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Um norte-americano condenado por espionagem na Coreia do Norte, que foi libertado em 2018, confessou esta sexta-feira que estava a trabalhar para a Agência Central de Informação (CIA).

Na véspera de uma cimeira histórica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, três homens foram libertados, depois de terem cumprido penas de prisão por espionagem para o Governo norte-americano, em sinal de boa vontade do Governo norte-coreano.

Kim Dong-chul, de 67 anos, naturalizado norte-americano - libertado quando cumpria uma pena por ter sido apanhado a tirar fotos com uma máquina fotográfica escondida num relógio -- admitiu esta sexta-feira que estava a trabalhar para a CIA, desde 2011, numa entrevista à estação televisiva alemã NDR.

O espião disse que a CIA o contratou, quando ele já morava em Rason, perto da fronteira da Coreia do Norte com a China e com a Rússia, tendo recebido instruções para se deslocar para vários pontos do país, numa altura em que circulavam rumores sobre quem seria o sucessor do presidente Kim Jong-il, que tinha falecido nesse ano de 2011.

Kim Dong-chul admitiu que, ao serviço da CIA, fotografou navios militares através de um relógio de pulso que lhe permitia obter imagens de forma discreta, permitindo à agência conhecer mais pormenores sobre a frota de que apenas tinham fotos por satélite.

Em outubro de 2015, o espião foi apanhado pelas autoridades norte-coreanas, quando procurava obter informações sobre os planos nucleares de Kim Jong-un, tendo sido condenado a 10 anos de prisão num campo de trabalhos forçados.

Na entrevista à estação televisiva, Kim Dong-chul mostrou vários dedos danificados por terem sido esmagado pelas botas de soldados.

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