"Nem uma p... de uma máscara". Concerto em Marbella abre polémica em Espanha

Pessoas sem máscara na assistência e uma frase controversa despertaram a ira das redes sociais, numa altura em que Espanha se debate com um número crescente de contágios.
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Um concerto em Taburete, Marbella, está a motivar uma onda de críticas em Espanha depois da divulgação de imagens que mostram pessoas na assistência sem máscara, e o líder do grupo que atuava a afirmar "nem uma p... de uma máscara". Isto numa altura em que a Espanha vê novamente aumentar o número de contágios e depois de as autoridades da Andaluzia terem imposto multas de até 600 mil euros a estabelecimentos que excedam a lotação permitida ou que não cumpram as regras impostas para travar a epidemia da covid-19.

"O que espera a Junta da Andaluzia para abrir um processo?", questionou a associação de defesa dos consumidores Facua, que se juntou aos protestos que se têm feito ouvir nas redes sociais. Segundo o jornal El País a Costa do Sol, um destino privilegiado de férias, soma 16 dos 39 surtos detetados na região da Andaluzia - que conta 105 casos positivos - e Marbella é uma das cidades mais afetadas.

Willy Bárcenas, o músico que grita ao público "nem uma p... de uma máscara" já veio dizer que as medidas de segurança foram cumpridas. Esclarece que, no final do concerto, no meio de alguma euforia, notou que muita gente já não tinha a máscara posta, sustentando que a frase que diz não é um incentivo a que máscara não seja usada, mas antes um sinal de reprovação. O contrário "seria absurdo e imprudente", afirma Bárcenas, que ainda assim pede desculpa por alguma "má interpretação" que possa ter suscitado.

A organização do evento já veio esclarecer que estavam no recinto 1398 pessoas, quando a lotação máxima permitida seria de 1500, garantindo que o festival que está a decorrer "é muito mais seguro que qualquer praia ou via pública".

Os espaços de diversão, sobretudo noturna, têm sido apontados como um foco de disseminação da covid-19. No final de julho Barcelona mandou encerrar este tipo de estabelecimentos. As autoridades da Andaluzia já admitiram fazer o mesmo.

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